Titular 7ª Delegacia Regional de Penedo concedeu entrevista exclusiva para falar do caso
Várias especulações em cada canto da cidade ribeirinha. O que teria motivado o assassinato do caminhoneiro penedense Rui Freire? Cumprindo o anunciado, que no final do mês de agosto, a sociedade penedense teria a resposta para o seu primeiro caso emblemático, o recém titular da 7ª Delegacia Regional de Penedo, José Lindberg da Silva, concedeu entrevista a Rádio Penedo FM (97,3 Mhz e www.penedofm.com.br), na manhã desta quarta-feira (28) e detalhou o caso, elucidado como ‘latrocínio’, roubo seguido de morte.
Tudo teve início a partir de uma encomenda, realizada por pessoas já identificadas e sob investigação. Onde o receptador ‘pediu’ um caminhão nas características do F-4000 do caminhoneiro penedense Rui Freire, encontrado morto na tarde do 1º de agosto, nas imediações da Ladeira do Bolivar, zona rural de Igreja Nova.
“Na realidade, o caso está concluído. O inquérito também já foi remitido à Justiça. Dois estão presos em Penedo, o terceiro que é o chefe da quadrilha foi preso em Minas Gerais, o quarto integrante do bando, a mulher que foi contratar o caminhoneiro em sua casa, ainda está foragida. O caso foi latrocínio, roubo seguido de morte”, garantiu o delegado.
O líder do bando, Genevaldo Bonfim Santos, 35 anos, recebeu a encomenda de um receptador. “Ele recebeu a encomenda e infelizmente a vítima estava em uma borracharia, realizando serviços, quando a mulher identificou o veículo do caminhoneiro Rui Freire parado em uma borracharia. Eles se dirigiram até o local, após a sua saída e pediram ao funcionário um contato da vítima. Em seguida, ligaram e a mulher foi até a casa do Rui e acertaram a ‘mudança’ que não aconteceu. Esse foi o Modus Operandi da quadrilha”, explicou José Lindberg.
Após a mulher ir até a casa de Rui Freire, foi marcado um encontro no Trevo do Bom Jesus, às 13h30min. “Ao chegar onde ficam os caminhões que fazem frete, uma segunda pessoa apareceu com a mulher, se dizendo irmão. Ambos se dirigiram até o local da mudança, isso durante o percurso, um veículo passou a segui-los, com dois ocupantes e, chegando antes de São Sebastião, entraram em uma estrada vicinal e mataram o caminhoneiro Rui Freire”, detalhou.
Acusados estavam em Penedo
A quadrilha ficou na cidade por cerca de 15 dias, dois em uma pousada e dois em uma casa alugada ne periferia da cidade. “A mulher que está foragida é de Penedo. O chefe da quadrilha ficou hospedado com ela em uma pousada no Centro da cidade. Os outros dois, já presos, ficaram em uma casa alugada pela mulher na periferia de Penedo”, acrescentou.
Os integrantes da quadrilha são:
– Líder do bando preso em Minas Gerais – Genevaldo Bonfim Santos, 36 anos -, é foragido do Sistema Prisional da Bahia. Seu ferimento no braço direito foi ocasionada por uma troca de tiros com policias da baianos.;
– Preso em Penedo – Breno Henrique Silva Santos, 18 anos -, também é foragido do Sistema Prisional da Bahia. Matou a própria filha de apenas cindo anos colocando chumbinho no refrigerante da criança. Esteve escondido em uma casa na periferia de Penedo;
– Preso em Penedo – Lindomar Correia da Conceição, natural de Aracaju/SE. Esteve escondido na periferia da cidade na mesma casa com Breno;
– A foragida – A polícia ainda está à procura da quarta integrante do bando. A mulher que foi até a casa do caminhoneiro para contratar o frete. A acusada que é branca, de cabelos loiros é da cidade e conheceu os outros integrantes em Aracaju. A polícia não divulgou mais detalhes para não atrapalhar a sua prisão;
Acusados se conheceram em Aracaju e detalhes da morte
A mulher de Penedo conheceu os outros acusados em Aracaju. “Eles se conheceram na capital sergipana. Onde roubaram uma Toyota Hilux, por encomenda também. Após receberam outra proposta de um de caminhão F-400, se dirigiram para Penedo. Quando a morte, um dos acusados relatou que o Rui olhou muito para o braço do líder, que estava com o aparelho ortopédico. Logo, ele supôs que poderia ser reconhecido ao ser denunciado e, resolveu matar o caminhoneiro. Visto que, Genevaldo Bonfim Santos, 35 anos, é foragido da Bahia e os ferimentos aconteceram durante uma troca de tiros com polícias. Infelizmente, essa foi à decisão de matá-lo tomada por chefe da quadrilha, com medo de ser reconhecido”, concluiu o titular da 7ª Delegacia Regional de Penedo, José Lindberg da Silva.
