Vinte e seis proprietários de embarcações são legalmente autorizados a realizar o transporte de passageiros de Piaçabuçu até a foz do Rio São Francisco, mas um deles é acusado pelos demais membros da Associação de Apoio ao Turismo de Piaçabuçu (AATP) de não respeitar as regras que ordenam o passeio. A denúncia encaminhada à Ràdio Penedo FM (97,3 Mhz e www.penedofm.com.br) na tarde desta quarta-feira, 26, foi discutida hoje (quinta, 27) na sede da prefeitura do município ribeirinho.
A reunião entre os membros da AATP foi mediada pelo procurador geral do município, o advogado Gilberto Carozo, encontro frustrado para os proprietários de embarcações que alegam prejuízos. De acordo com o barqueiro Antonio Wellington, o resultado da reunião não foi o que os associados esperavam.
“Saímos sem a certeza de que a lei será respeitada”, afirmou, referindo-se ao descumprimento de uma lei municipal aprovada em 2008 que estabelece fila única entre as embarcações para o passeio até a foz, algo que, segundo os associados, não tem acontecido na cidade ribeirinha.
Manifestação impediu saída da “Cometa”
O encontro com o procurador Gilberto Carozo foi provocado pela associação que promoveu uma manifestação pacífica em Piaçabuçu na última quarta-feira (26). Na ocasião, a embarcação “Cometa” foi impedida de navegar com turistas. De acordo com a denúncia dos associados, o barco que pertence a uma senhora identificada por Ana Laura – que seria concunhada do procurador Carozo – e que não respeita a ordem de retornar para o final da fila depois de realizar seus passeios, passando à frente dos demais, o que gera prejuízo aos outros barqueiros.
Segundo os participantes da reunião, a declaração do procurador geral do município foi clara em relação ao Termo de Ajuste e Conduta (TAC) que regulamentaria a saída das embarcações. Para o procurador Gilberto Carozo, o TAC é completamente dispensado, uma vez que a lei para regulamentar o rodízio das embarcações já existe no município.
Com o resultado insatisfatório para os associados denunciantes, o caminho a ser seguido agora é o do Ministério Público Estadual (MPE), como afirmou o barqueiro Antonio Wellington. “Vamos procurar o Ministério Público, mas qualquer infração praticada por aqueles que desrespeitem a lei, será coibida por meio de manifestações pacíficas executadas por todos os barqueiros que estão sendo prejudicados atualmente por esse monopólio”, finalizou Wellington.