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Penedo

Áudio: Adolescente de Penedo luta para conseguir uma prótese do membro inferior

Givanildo Santos da Silva, 11 anos, precisa do equipamento ortopédico para voltar à sala de aula e retomar sua vida

A vida impõe barreiras. Porém, cabe unicamente a você buscar superá-las. Givanildo Santos da Silva nasceu com uma deficiência congênita (ausência do membro inferior esquerdo). Mas, isso não o impede de querer enfrentar o dia a dia.

Uma prótese o auxiliava na substituição do membro. Por ser um adolescente, é claro, ainda em fase de crescimento, o equipamento não mais lhes serve. E desde então, sua família passou a travar uma guerra para tentar fazer com que Givanildo possa retomar sua rotina.

Aos 11 anos, o adolescente que cursa a 5ª série do ensino fundamental na escola Barão de Penedo, gerida pela rede municipal de ensino, deixou de frequentar aulas. De família simples, o garoto não tem como ir ao estabelecimento de ensino, sua mãe não tem como transportá-lo.

Givanildo que reside com sua mãe e padrasto na Rua Dom Constantino, bairro Santa Izabel, popular Cacimbinhas, teve sua história contada nesta sexta-feira (10), durante entrevista ao Programa Lance Livre da Rádio Penedo FM (97,3 Mhz e www.penedofm.com.br). Em pouco mais de 20 minutos, sua mãe contou trechos da guerra que trava para que ele consiga uma prótese com joelho e pé articulados.

“Se eu tivesse condições já tinha comprado, e não estávamos neste sofrimento. Se ele sofre, eu sofro. Givanildo quer andar, brincar, estudar e não consegue. A prótese que ele tinha não cabe mais, ficou pequena e passou a machucá-lo. Então, desde a metade do ano passado que não frequenta a escola”, contou Monise da Silva, mãe do adolescente.

A prótese custa em torno de R$ 4 mil, pode ele ser um adolescente alto e forte, precisa ser reforçada. “Ele faz tudo dentro de casa, diante das suas limitações. Mas, para sair de casa, ir até a escola, precisa da prótese que custa em torno de R$ 4 mil pelo seu porte físico. Mas o preço normal é R$ 3 mil”, disse.

Sem resposta: Ação Social, Saúde e Nudepe

Monise já passou pelo Núcleo de Deficientes Físicos de Penedo (Nudepe) e pelas Secretarias de Ação Social e Saúde do município.

“A primeira vez foi pela Ação Social na gestão anterior, quando o prédio era ainda na frente da ladeira que da acesso ao ‘Barro Vermelho’, hoje Finanças. Com a mudança de prefeito, falaram que os documentos tinham desaparecidos. Fui ao médico e ele passou outro encaminhamento e levei para a Secretaria de Saúde. Depois fui novamente para Ação Social, sem resposta até agora. Fui encaminhada para o Nudepe. Mandaram para a Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal), em Maceió. Muito bem conseguimos ir para a capital. Depois marcaram para tirar à medida da prótese. E no dia, o médico não foi. Desde então, estamos ainda correndo. Fui ao Conselho Tutelar, novamente fui encaminhada, agora para o Defensoria Pública. Lá, disseram que só podia fazer algo, quando tivesse com todas as informações, medidas e especificações da prótese. Esse que é o pior de conseguir”, observou Monise.

Evasão escolar (Ficai)

Sua primeira prótese foi conseguida através do programa – Ficha de Comunicação do Aluno Infrequente (Ficai) -, que tinha como propósito inserir a aluno na sala de aula. A escola era responsável de detectar qual o motivo do aluno não estar frequentando, para com isso, a direção tentar buscar uma solução. O programa tentava de várias maneiras evitar a evasão escolar.

Uma solução?

Segundo o secretario de Educação de Penedo, Luciano Barros Lucena, o projeto ainda existe, faltando apenas formar outra equipe. “Bem, o projeto ainda existe. Porém, o que ocorre é que com as demissões dos comissionados, a equipe foi desfeita. Mas, sinceramente não sei como o programa funciona e se existe recurso e sua aplicação. Garanto que vou procurar inteirar sobre o projeto e na próxima semana vamos tentar buscar uma solução para este problema. Vamos procurar os programas da Saúde, da Educação e Ação Social para detectar uma reposta para sanar esse problema e de qual forma a prótese pode ser adquirida”, concluiu Lucena.

O caso voltará a ser pauta na próxima semana, tanto na Rádio Penedo FM, quanto no maior portal do Baixo São Francisco www.aquiacontece.com.br. Iremos procurar mais uma vez os gestores do município cobrando uma solução rápida para que Givanildo Santos das Silva, 11 anos, retome sua vida e volte a frequentar as aulas na escola Barão de Penedo.