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“Atire a primeira pedra, quem não tiver pecado”

A multidão foi ao encontro de Jesus. No meio dela, um grupo de obcecados pela lei, queria testar o Filho de Deus, jogando aos seus pés uma mulher adúltera. Todos se aglomeravam em torno da pecadora. Os mais instruídos citavam a Lei de Moisés, questionando Jesus.
A mulher jogada no chão, rosto encoberto pelos longos cabelos, soluçava, esperando a condenação. Tinha cometido um dos maiores pecados daquela época. Hoje virou rotina. O seu pecado escandalizava o mundo, feria a lei de Moisés.

Aqueles senhores, porém, tinham uma preocupação maior: colocar Jesus no canto da parede. Usariam aquele episódio para denegrir a imagem do Filho de Deus no que diz respeito ao cumprimento da lei, caso Ele não a seguisse ao pé da letra. Esperavam a resposta fatal de Jesus Cristo.

Pairou um longo silêncio. Longo, porque todo silêncio, por menor que seja, parece uma eternidade, face à expectativa de uma atitude ou de uma resposta coerente ou não.
Jesus não tinha pressa. O momento não era de preocupação com a lei. Estava em jogo um ser humano, uma alma aflita, uma frágil mulher à mercê de uma turba enfurecida.
O Homem do perdão inclinou-se, reflexivo, olhos fixos na areia, no pó que somos todos nós, após a morte. Escreveu alguma coisa que a Bíblia não narra. O que será que Ele escreveu? Gostaria de saber.

A turba impaciente, insistia. Queria uma resposta, uma atitude d’Aquele que veio para redimir e não para condenar!

Pleno de sabedoria, altivo, jogou nos tímpanos dos executores das leis, a célebre frase: ” ATIRE A PRIMEIRA PEDRA QUEM NÃO TIVER PECADO!”

Um oceano gelado apagou toda a euforia. Invadiu cada consciência. Um por um foi saindo sem resposta, sem argumento e as pedras jogadas no chão…

O episódio não termina aqui. Jesus volta-se para a mulher e mesmo sabendo da resposta, pergunta: ” Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?” ” Ninguém, Senhor.”
” Nem eu te condeno. Vai e não tornes a pecar.”

A Bíblia não conta o que houve depois daquele momento. Mas alguns Romances do tempo do Cristianismo, narra com maior extensão a alegria daquela mulher ao se ver livre das correntes do pecado. Tornou-se seguidora de Jesus Cristo! O perdão renova! Quantos prisioneiros do pecado sem chance de um mergulho nas águas da redenção para depois um decolar em busca de Jesus Cristo!