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Assomal cobra elucidação do inquérito em favor do Cap PM Eugênio

Assomal cobra elucidação do inquérito em favor do Cap PM Eugênio

Após quase um ano da chacina ocorrida no bairro do Benedito Bentes, mais precisamente no dia 13 de agosto de 2010, o Inquérito Policial que apura o caso e, que na época apontou o oficial capitão PM Eugênio e o cabo PM Nascimento como suspeitos, ainda não foi concluído.

Um mês após este crime, a Polícia Civil desencadeou uma mega operação no sentido de prender os acusados, alegando ter indícios suficientes contra os militares. Entretanto, até agora a Delegacia de Homicídios não chegou aos responsáveis pelo caso, como também não houve conclusão de relatório, apesar de vários pedidos da justiça. Isso demonstra que não havia provas cabais que incriminassem os acusados.

Observa-se ainda, que o fato ocorrido há quase um ano continua sem resposta sobre os verdadeiros responsáveis pelo crime, praticado com requinte de execução sumária. A falta de provas que acusem o oficial capitão PM Eugênio e o cabo PM Nascimento causou transtornos à vida de ambos na corporação, como também às famílias deles.

A Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal) por intermédio do seu presidente, major PM Wellington Fragoso cobra maios brevidade e resolução dos órgãos competentes na conclusão deste inquérito. “Acredito na inocência do capitão PM Eugênio e confio no trabalho realizado pela justiça alagoana que vem apurando o caso.

Em matéria recente veiculada no dia 25 de junho deste ano no site www.gazetaweb.com, que tinha em seu título: “Investigação sobre chacina no Benedito Bentes ganha novos rumos”, a delegada da Polícia Civil, Sheila Carvalho ressaltou que à época, pessoas foram ouvidas, como também foram realizadas buscas e apreensões e solicitadas prisões, mas tudo isso foi baseado somente em denúncias.

De acordo com a delegada que apura o caso, o capitão PM Eugênio foi preso devido a uma denúncia. A polícia então fez a quebra de sigilo telefônico, busca e apreensão na casa dele, mas foi visto que ele não tinha relação com o crime. “Numa investigação não se descarta nenhuma hipótese, mas contra ele, só se surgirem provas contundentes”, ressaltou Sheila Carvalho.

Capitão é absolvido pelo TJ/AL

O inquérito do militar foi encaminhado à Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) e a acusação de posse ilegal de munição de calibre restrito foi julgada pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, onde obteve, por unanimidade de votos, a absolvição e este inquérito policial foi trancado caráter excepcional mediante acórdão.Diante da decisão da Câmara Criminal, o capitão PM Eugênio não responde a nenhum processo judicial. É importante ressaltar que nenhum objeto delituoso foi encontrado com o cabo PM Nascimento no cumprimento do mandado de busca e apreensão em sua residência.

Entretanto, o mesmo também foi preso. Mediante mandado de prisão. Um fato curioso é que contra o capitão foi expedido apenas mandado de busca e apreensão – caso não fossem encontradas as munições ele não teria sido preso – enquanto, contra o cabo foram expedidos mandado de busca e apreensão e de prisão. Lembrando que até hoje nenhum dos militares foi indiciado na chacina. Em resposta ao ofício do Conselho Estadual de Segurança (CONSEG), a delegada Sheila Carvalho enviou um ofício no dia 25 de maio, comunicando que “uma das linhas de investigação, com novos investigadores, já identificados por esta Delegacia de Homicídios, depende do exame de comparação balística solicitado ao Instituto de Criminalística em 21 de janeiro deste ano por meio do ofício 021/2011-DHC e reiterado em 12 de abril do mesmo ano Poe meio do ofício 159/2011-DHC”.

Diante de tantas acusações infundadas, capitão PM Eugênio e cabo PM Nascimento aguardam que a justiça seja feita, pois tiveram suas honras denegridas por uma denúncia improcedente que implica em consequências desastrosas que macularam a integridade moral de ambos. “Esperamos a solução deste caso. Nossas famílias e nós mesmos estamos passando por momentos difíceis e precisamos de sossego. Fomos acusados de crimes que não cometemos baseados em informações infundadas e necessitamos que este inquérito seja concluído o mais rápido possível”, desabafou capitão PM Eugênio. O presidente da Assomal, major PM Wellington Fragoso irá elaborar um ofício para enviar a diversos órgãos de direitos humanos do Estado de Alagoas, entre eles: a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ministério Público (MP) e Conselho Estadual de Segurança Pública (CONSEG) com o intuito de cobrar a elucidação deste inquérito.