Desde o início do ano, psicólogos, assistentes sociais e técnicos da Prefeitura de Maceió percorrem as ruas do Pinheiro realizando atendimento a moradores que aguardam, com expectativa, os resultados dos estudos que nortearão as decisões sobre o destino do bairro.
As visitas foram iniciadas depois que o Município decretou Situação de Emergência – em dezembro do ano passado – em virtude das rachaduras e fissuras que surgiram no bairro, e continuam sendo feitas praticamente de domingo a domingo.
Enquanto técnicos da Defesa Civil avaliam situações de risco em imóveis e vias do bairro, e pesquisadores do Serviço Geológico Nacional (CPRM) buscam entender o que está acontecendo no solo e subsolo, psicólogos e assistentes sociais da Prefeitura ouvem e orientam moradores que, de uma hora para outra, viram suas vidas mudarem completamente.
Os moradores do Pinheiro sofreram um forte abalo emocional desde que casas e estabelecimentos comerciais foram afetados por fissuras – algumas bem profundas -, em um bairro que há até pouco tempo era sinônimo de tranquilidade.
“São pessoas que estão ansiosas, até angustiadas, pois a mudança é grande na vida delas. Apesar disso, não considero que estejam numa situação de estresse; estão preocupadas”, avalia Silma de Oliveira, psicóloga da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que vem atendendo aos moradores desde o início de janeiro. “O clima é de incerteza, mas percebo que os moradores já entendem melhor o que está acontecendo, principalmente após as informações repassadas quase que diariamente pela Defesa Civil, a CPRM e os veículos de comunicação”, comenta a psicóloga.
