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Política

Assembleia realizará sessão para debater situação da saúde pública no Estado

Em pronunciamento na tribuna da Casa, o deputado Judson Cabral (PT) trouxe novas denúncias contra o sistema de saúde pública do Estado. Ele disse que tem recebido inúmeras queixas de pessoas indignadas com a forma como são tratadas quando necessitam de atendimento nas unidades de saúde, não apenas do Estado, mas também de responsabilidade do município. “Isso só vem demonstrar que a população não está sendo bem assistida”, observou.

“Um dos últimos episódios que me foi relatado é que o Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência), ao levar um cidadão ao Hospital Geral, quando lá chegou colocou a pessoa no chão, para então voltar com a maca para a ambulância”, contou o parlamentar.

Na opinião dele, esse fato demonstra a desumanidade com que são tratadas as pessoas que necessitam dos serviços médicos. “As pessoas estão sendo tratadas como animais. E nós, que integramos a Comissão de Saúde desta Casa, vamos convidar o secretário de Saúde (Alexandre Toledo) e os diretores dessas unidades para, no próximo dia 15, participarem de uma sessão especial, a fim de discutir a situação”, declarou Cabral.

Em aparte, o deputado Joãozinho Pereira (PSDB) observou que Maceió tem apenas 27% de cobertura do Programa de Saúde da Família (PSF), segundo ele, o mesmo índice desde 2006. “É preciso que haja essa audiência pública. Eu fui prefeito de um município pequeno – Teotônio Vilela – e lá existe 95% de cobertura de PSF. Os municípios alagoanos, todos eles variando de 80 a 100% de cobertura, e a capital sendo discriminada, prejudicada, um caos na saúde. É um absurdo”, avaliou, destacando que Maceió é a única capital do país que não tem um hospital municipal.

Os deputados Jeferson Morais (DEM), Dudu Hollanda (PMN) e Inácio Loiola (PSDB), também em aparte, foram solidários ao pronunciamento de Judson Cabral.