A Assembleia Legislativa concedeu sua mais alta honraria, a comenda Tavares Bastos, à Madre Zely Perdigão Lopes. O plenário da Casa ficou lotado de religiosos e pessoas ligadas aos movimentos da Igreja Católica para acompanhar o ato solene, proposto pelo deputado Judson Cabral (PT), nesta segunda-feira, 14.
Devido às limitações físicas, impostas pela idade avançada, de 91 anos, a Madre Zely Perdigão não pôde comparecer à solenidade, atendendo a recomendação médica. Ela foi representada pela irmã, Maria de Lourdes Mafra. “Quando soube da homenagem, minha irmã mostrou-se surpresa e bastante honrada”, afirmou ela.
O padre Manoel Henrique, que participou da sessão, disse que Zely Perdigão teve atuação importante na criação da Escola de Serviço Social, a convite do arcebispo Dom Adelmo Machado, em 1963; o desenvolvimento da ação mais conciliadora na paróquia de União dos Palmares; e no trabalho de catequista e pastoral no Estado.
O vice-reitor do Cesmac, Douglas Apratto, destacou que o reconhecimento à atuação de Madre Zely é motivo de grande alegria para a comunidade religiosa no Estado. O professor Radjalma Cavalcante, que também participou da sessão, ressaltou a forte contribuição da religiosa em defesa do movimento estudantil e em favor dos perseguidos políticos da ditadura militar. “Ela foi a fundadora da escola Padre Anchieta, ligada à Igreja Católica e nessa condição ela abria as portas da escola para a realização de assembleias estudantis e políticas”, relatou Radjalma.
Autor da proposta de homenagear Zely Perdigão, o deputado Judson Cabral destacou as qualidades da religiosa. “A madre Zely é uma grande mulher, que dedicou a vida aos trabalhos sociais, por isso a entrega dessa homenagem. Com esse ato, a Assembleia cumpre seu papel no reconhecimento àqueles que deram a sua contribuição pessoal para o engrandecimento do Estado”, concluiu Cabral.
