O deputado João Henrique Caldas (PTN) fez uso da tribuna da Casa na sessão ordinária desta terça-feira, 5 de março, para tratar de um tema recorrente no Plenário do Legislativo, que é a questão da violência no Estado. Ele cobrou mais atenção por parte do Parlamento, sugerindo novamente a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os números da criminalidade em Alagoas.
“Infelizmente, os esforços e tudo que vem sendo feito nesse Estado está passando à margem da Assembleia. Até parece que lá fora não existe o Estado que sustenta o pódio do maior índice de violência do nosso país e um dos maiores índices de criminalidade do mundo”, observou Caldas. “Jovens, todos os dias, estão sendo dragados pelas drogas, morrendo em nossas calçadas e nada estamos a fazer”, disse o parlamentar. “Não podemos deixar que uma vida vire um número, estatísticas. Vida é o bem maior que temos na terra”, ressalta o parlamentar.
Em aparte, o deputado Ronaldo Medeiros (PT) avaliou como desnecessária a criação de uma nova comissão para investigar os índices de violência do Estado, uma vez que já existe uma comissão, presidida pelo petista, cujo objetivo é acompanhar as ações do Plano Brasil Mais Seguro. “Seriam duas comissões com o mesmo objetivo e poderíamos, ao invés de contribuir, haver uma duplicidade de ação, gasto de energia e de recursos, que não é necessário. A solicitação é muito boa, mas já existe uma comissão que se reúne e já vem traçando metas”, disse o petista.
Por outro lado, também em aparte o deputado Temoteo Correia (DEM) defendeu a criação de uma CPI da Violência. Ele disse que de acordo com o Regimento Interno da Casa cabe uma CPI quando da existência de um fato concreto ou determinado. “Estou com V.Exa. deputado João Henrique Caldas. Qual a interpretação mais sensata e que caberia a CPI? É que o cidadão está tendo o seu direito de segurança usurpado. E isso é um fato concreto”, decalrou Temoteo.