Armas, relógios, aparelhos celulares, joias e dinheiro foram apreendidos
Após investigações do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) e do trabalho conjunto das Polícias Civil e Militar, com o apoio da Federal (PF), mais uma quadrilha foi desarticulada na noite de ontem, 28, em Maceió. Três suspeitos da morte do sargento Givanildo e de seu sogro Euclides, vítimas de uma suposta tentativa de assalto em Palmeira dos Índios, foram presos. No cerco policial, outros dois suspeitos em uma troca de tiros, foram atingidos e morreram no confronto. Armas, veículos e objetos roubados pelo grupo foram apreendidos.
O bando, comandado por Rodrigo Tenório, de 18 anos, com várias passagens pela polícia, atuava na região do Agreste e na Zona da Mata. Na troca de tiros um homem identificado como “Foca”, veio a falecer.
Além de Rodrigo foram presos e conduzidos a Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), o seu primo José Cicero Moraes Costa Cavalcante, conhecido como “Cicinho”, ex-reeducando, e Moab Lino Balbino Junior, de 29. O grupo foi reconhecido por vítimas recentes, entre elas empresários e um policial militar. Dois dos inúmeros assaltos praticados por eles foram em Boca da Mata e Maribondo rendendo para os criminosos cerca de R$ 17 mil, destes, sendo recuperados R$10 mil em espécie.
Em Boca da Mata os assaltantes teriam percebido que na casa só tinha mulheres, entraram e praticaram o assalto, levando na ocasião a arma de um soldado que estava na casa da sogra. Com Moab, preso em casa, no bairro Santa Lúcia, a polícia encontrou uma pistola e com Rodrigo outra. Já com Ítalo Bruno que também entrou em óbito, apesar de ser socorrido, após troca de tiros com a polícia, foi encontrado um revólver especial e uma pistola, além de uma camisa da farda da Polícia Militar, talheres trabalhados em prata, relógios, aparelhos celulares, joias, dinheiro, lanterna e farta munição. Ele havia cortado a tornozeleira eletrônica. Ítalo e Cicinho eram irmãos, ambos primos de Rodrigo, os três são os autores da morte do sargento PM Givanildo, que era lotado no 10º Batalhão, assassinado na semana passada, na zona rural de Palmeira dos Índios juntamente com o sogro.
Um verdadeiro aparato foi montado para evitar que Rodrigo embarcasse para São Paulo. Ele foi interceptado no Aeroporto Zumbi dos Palmares, no início da noite quando fazia check-in. A polícia manteve contato com os funcionários e repassou a informação para que ficassem atentos ao nome João Pedro, utilizado por ele em documentação falsificada.
Para a polícia, Rodrigo Tenório confessou o crime, apontou os primos e relatou a causa. Segundo ele, os irmãos tiveram o pai assassinado quando eram menores e teriam crescido achando que o sargento tinha envolvimento e prometendo vingança.
A quadrilha usou nos assaltos um Corolla e um Honda Civic, ambos de cor branca. A chave do Honda Cívic deixado por Rodrigo no Aeroporto estava com “foca”. Mas, a polícia descobriu que cada uma dos envolvidos tinha cópias das chaves dos veículos utilizados pela quadrilha. O Honda Civic foi levado para a DEIC.
Toda operação foi executada com o Gecoc, o serviço de inteligência da Polícia Militar, policiais civis do GPJ-III e Delegacia Regional de São Miguel dos Campos, policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da 4ª Companhia Independente, dos 8º e 10º Batalhões, com apoio da Polícia Federal.