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Alagoas

Assassinato em Limoeiro de Anadia revolta deputado

Durante a sessão ordinária desta terça-feira (6) da Assembleia Legislativa, o deputado Antonio Albuquerque (PT do B) criticou a violência que vem afligindo a população residente nas cidades do interior do Estado. Ele citou o caso de um mototaxista assassinado na cidade de Limoeiro de Anadia, no último fim de semana. Segundo ele, um rapaz de 29 anos (o qual ele não disse o nome) foi perseguido pelas ruas da cidade e executado com arma de fogo privativa da polícia.

Albuquerque disse que esteve com o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) e pediu a designação de um delegado especial para apurar e esclarecer o caso. “E esse rapaz não tinha nenhum envolvimento negativo. Era um rapaz trabalhador, chefe de família, que apenas falava demais e que fez comentários sobre um caso envolvendo uma autoridade da cidade, acusada de praticar ato violento contra uma enfermeira”, disse o parlamentar.

Japaratinga

O deputado também relatou com indignação o caso envolvendo uma ação do Ministério Público na cidade de Japaratinga, também no fim de semana passado. De acordo com o pronunciamento de Albuquerque, ele foi convidado para participar de uma comemoração do aniversário de um amigo, que comunicou a programação à autoridade municipal. De última hora, um ofício de uma promotora suspendeu a programação. “Fiquei indignado, porque se tratava de uma programação festiva e o prefeito Bruno Loureiro disse, momentos antes, que aquela festa não aconteceria. Isso porque se tratava da comemoração de um adversário dele”, afirmou Albuquerque.

Ainda de acordo com o parlamentar, ele estava numa pousada da cidade, com um grupo de amigos, quando uma guarnição da Polícia Militar (PM) chegou trazendo o fax de um ofício encaminhado pela promotora Francisca Lobo de Santana, da comarca de Maragogi, comunicando que a obstrução de uma via para a realização de festa se caracterizaria como crime de obstrução urbanística. “Fiquei surpreso. Até aliados do prefeito Bruno Loureiro ficaram surpresos”, disse.

Diante da explanação, o deputado Gilvan Barros (PSDB) considerou a situação “no mínimo, estranha” e sugeriu que o procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, preste esclarecimentos. O deputado Álvaro Guimarães (PSB) lembrou que a Constituição Federal garante a livre manifestação de pensamento.