Há três anos, o ASA nada mais era que um outro clube composto por mais uma abreviatura do futebol alagoano. Pouco tempo se passou, mas o suficiente para projetar a equipe alvinegra ao status de referência da simpática cidade de Arapiraca, interior alagoano, que deixou de ser apenas conhecida como a terra do fumo e passou a ter o ASA como um “predicado”.
A vitória em cima do América-MG, em pleno estádio Independência, não só castrou as chances de acesso dos mineiros como cravou os pés do Fantasma Alagoano na Série B, onde chegou sem alarde, sob os olhares do descrédito, em 2010.
Para tantos, sua estada na Segundona seria curta, mas – em campo – a equipe alvinegra jogou areia nos olhos dos incrédulos e se consolidou como a principal potência do futebol alagoano, desbancando os grandes da capital, CRB e CSA, que vêm batendo palmas ao rival “matuto”. De 2000 para cá já foram seis títulos estaduais e um envolvimento cada vez maior do povo de Arapiraca com o time.
Dono de um dos menores orçamentos da Série B, o ASA tem referendado suas boas campanhas com o trabalho realizado dentro e fora de campo. Todos os anos o clube consegue revelar algum jogador, projetando sua marca e fazendo caixa. Assim foi com Júnior Viçosa, Didira e agora Lúcio Maranhão, o Drogba Maranhaense, com seus assustadores 40 gols na temporada, o maior artilheiro do Brasil.
Perdeu Vica, um dos maiores responsáveis pelo fortalecimento do clube, mas acertou na mosca ao trazer Nedo Xavier, que conseguiu corrigir e melhorar alguns pontos deixados por Leocir D’Alastra e Heriberto da Cunha. O ASA tomou gosto pelo protagonismo dentro de suas divisas e vai roubando a cena, também, longe de Alagoas. O filho de Arapiraca virou um cidadão do Brasil. Mais um nordestino de sucesso em nosso Rincão.