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Alexandre Cedrim

Alexandre Cedrim

Administrador de Empresas e Consultor Organizacional

Postado em 26/12/2019 09:32

A escolha do futuro

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A escolha do futuro

No início de suas atividades as empresas, na grande maioria, são micro ou pequenas e a responsabilidade das decisões é exclusiva dos seus proprietários, tornando-os diretores, gerentes e empregados ao mesmo tempo.

A competência dos proprietários empreendedores em conduzir suas empresas é que determinará como será o desenvolvimento de cada uma. Algumas terão crescimento excepcionais, outras crescimento mediano e um terceiro grupo formado por aquelas que terão seu crescimento nulo e permanecerão com o mesmo porte de quando foram criadas.

Notamos que as empresas apresentam desenvolvimento quando é visível o aumento no volume de suas transações e essas ocorrências são tangíveis às pessoas do seu entorno negocial ou não. Essa ascensão de desenvolvimento é dependente de várias condições, sendo que a maioria não pode ser determinada pelas pessoas envolvidas nas empresas, como os cenários econômico, político e outros. Porém as ocorrências que ocorrem no interior das organizações, seja qual for o segmento em que estejam inseridas, são possíveis e imprescindíveis que sejam observados e corrigidos, para se evitar acontecimentos futuros que possam comprometer qualquer desenvolvimento pretendido.

Uma parte significativa dos proprietários e que exercem a gestão das empresas de menores portes, tem seus conhecimentos baseados apenas nas experiências dos trabalhos que realizaram nas empresas nas quais eram empregados ou no desenvolvimento de habilidades adquiridas nas funções de auxiliares de profissionais autônomos. 

A qualidade e a diversidade destes conhecimentos, adquiridos de forma empírica, dependerá do interesse, da observação e da curiosidade de cada pessoa e de forma peculiar.

Independente do motivo do desligamento do emprego, as pessoas que resolvem iniciar um negócio por conta própria, normalmente no mesmo segmento em que trabalhavam, levam consigo o que aprenderam e realizaram na parte operacional e o que observaram como os seus superiores e patrões administravam os negócios. O equilíbrio destes dois vetores sinalizará as probabilidades de sucesso ou não dos empreendimentos efetivados.

Enquanto os ambientes negociais permanecerem estáveis ou em crescimento e as empresas que continuam com as nas mesmas dimensões originais, encontramos empresários que não se interessaram em desenvolver seus conhecimentos em gestão e operações e continuam conduzindo suas empresas ainda de forma incipiente conseguindo, com dificuldades, se manterem nos mercados em que atuam.

Os empresários ambiciosos. que não se contentam que suas empresas continuem sem crescimento real ou apenas orgânico, partem na busca de um desenvolvimento sustentável e constante. Nessa nova batalha, os instrumentos de gestão que vinham sendo utilizados deverão ser paulatinamente substituídos por recursos que já produziram resultados positivos em experiências anteriores em outras organizações.

É a partir desse ponto que um novo ingrediente deverá ser integrado na gestão: o conhecimento científico. A integração do conhecimento prático com o conhecimento científico, no dia-a-dia da empresa, deverá ser a nova prioridade gerencial do empresariado.

O caminho como essa integração será praticada é singular a cada empresário gestor, pois como a prática sempre foi o seu imperativo gerencial, a busca e a aplicação de conhecimentos teóricos tem que ter um ritmo que afaste paulatinamente o ceticismo individual de que a prática supera e não precisa da teoria.

O mercado literário fornece uma imensidade de obras que tratam das várias vertentes da administração e destinadas aos diversos níveis de conhecimento dos interessados, sejam empresários que não tiveram nenhum contato com alguma publicação, como também empresários pós-graduados em quaisquer áreas.

Como a maioria dos pequenos e médios empresários não possuem formação superior, para esse grupo encontramos livros com orientações resumidas e objetivas sobre assuntos administrativos, fundamentados nas diversas teorias científicas das disciplinas dos cursos superiores de gestão.

Tudo indica que é mais provável os pequenos ou micros empresários interessarem-se por um livro que oriente como realizar o seu planejamento estratégico em 24 horas, do que um volume da administração estratégia com 400 páginas, que consta da emenda da respectiva disciplina nos cursos superiores.

Porém ficar somente no conhecimento da leitura de assuntos pertinentes à boa gestão, sem realizar a implementação seu conteúdo que a empresa precisa é a mesma coisa de ter rotas de viagem e continuar imóvel. Todavia por melhor que foi estudada, qualquer rota provavelmente necessitará de ajustes depois da partida, pois sempre existirão nuvens se movendo no ambiente empresarial.

A previsão de crescimento do Brasil no próximo ano é de 2,2%, como a inflação deverá ficar na meta fixada pelo Banco Central, 4,5%, a empresa que não tiver um crescimento acima de 6,7% não embarcou no trem do progresso. 

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  • Eduardo Regueira Silva Boa noite. Muito boa esta matéria e sempre defendi que o empresário para crescer precisa ser ousado com responsabilidade. Parabéns.
Alexandre Cedrim

Alexandre Cedrim

Administrador de Empresas e Consultor Organizacional

Postado em 27/11/2019 21:20

A importância do ambiente funcional nas organizações

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A importância do ambiente funcional nas organizações
As relações interpessoais dos funcionários irão influenciar exponencialmente o tratamento que será ofertado aos clientes

O vetor que diferencia as empresas, que se destacam nos seus segmentos empresariais, são as pessoas que nelas trabalham, pois são elas que energizam os recursos produtivos disponibilizados pelas organizações.

As relações interpessoais dos funcionários, entre si e com seus superiores, irão influenciar exponencialmente o tratamento que será ofertado aos clientes, usuários, fornecedores e aos próprios colegas, na prática este tratamento sinaliza como está a energia dos funcionários nas empresas. Nós temos experiências sensacionais deste desempenho, pois já fomos tratados excepcionalmente bem, como no outro extremo também já fomos tratados como pedintes de favores especiais e necessários à nossa sobrevivência.

A preocupação com o comportamento dos funcionários, dentro das organizações, vem sendo cientificamente realizado desde 1927, quando Elton Mayo coordenou o estudo realizado na Western Eletric Company no bairro de Hawthorn em Chicago (USA). Porém, esta preocupação com novos estudos sobre o comportamento funcional, hoje mais conhecido como clima organizacional, só é praticada em empresas de grande porte ou empresas que utilizam tecnologia de última geração, que enfrentam uma concorrência acirradíssima e qualquer desequilíbrio no seu ambiente interno refletirá negativamente nos seus negócios, causando perdas absurdas e de difícil recuperação.

Anualmente, várias revistas de negócios no Brasil e no exterior, publicam o resultado das pesquisas realizadas para elegerem as melhores empresas do ano na gestão de pessoas. Estas pesquisas fundamentam-se em formulários distribuídos às maiores empresas dos diversos segmentos econômicos e contém questionário a ser respondido de forma anônima por funcionários destas empresas e em quantidade adequada para que o número de respostas minimize a margem de erro da pesquisa.

O acesso às questões que são formuladas aos funcionários das empresas escolhidas, mostra que cada revista tem um questionário próprio, mas as questões são similares entre elas e contêm variações contemporâneas às mesmas preocupações desde a época que Elton Mayo realizou seu estudo, que era com a preocupação sobre a correlação entre iluminação e eficiência dos operários, mas que depois estendeu-se à fadiga, acidentes no trabalho, rotatividade de pessoal e ao efeito das condições de trabalho sobre a produtividade do pessoal.

Na pesquisa realizada neste ano, pela revista Valor, as questões versaram sobre: engajamento, cultura de integridade, agilidade organizacional, liderança responsável, ambiente de trabalho saudável, recompensa justa, carreiras atrativas e indivíduos prósperos. Para responder as questões sobre estes assuntos as pessoas apenas assinalaram sim ou não, que pela sua objetividade facilita a tabulação de dados e evita respostas subjetivas como totalmente favorável, parcialmente favorável, totalmente contrário e parcialmente contrário entre outras, que podem confundir os entrevistados e a respectiva interpretação dos pesquisadores.

A pesquisa diz que o percentual de respostas “sim” à pergunta “quanto melhor meu desempenho, melhor serei remunerado” na empresa destaque da pesquisa da revista Valor, foi de 72%, que claramente indica que a empresa se preocupa em remunerar os melhores funcionários, incentivando todos a melhorar suas performas. Com o resultado final da pesquisa, considerando os percentuais apresentados nas respostas das pessoas envolvidas conclui-se que os dirigentes da maioria das grandes empresas preocupam-se com as pessoas de suas organizações e que, independentemente de qualquer pesquisa, observam, analisam, discutem e promovem sistematicamente novos procedimento para a melhoria contínua das pessoas e assim seguirem apresentando melhores resultados e aumento das suas participações no segmento mercadológico onde atuam.

Parafraseando Jack Wech, que foi CEO da GE e considerado referência em liderança organizacional, dizia que antes da empresa se tornar líder o sucesso se limita pelo próprio crescimento, quando a empresa se tornar líder o sucesso depende do crescimento do seu pessoal. Na mesma linha de raciocínio, Vicente Falconi, referência em consultoria no Brasil, afirma que “quem deve conhecer melhor a empresa e seus problemas são seus dirigentes e não as pessoas que são momentaneamente contratadas para isso.”

Por isso, vale a pena os dirigentes empresariais estarem conscientes de que a responsabilidade de proporcionar um ótimo ambiente de trabalho às pessoas de suas organizações é exclusivamente deles e é indelegável a outrem. Mas para que esta responsabilidade seja bem conduzida, é de bom alvitre que procurem cada mais vez entender, através dos diversos veículos de aprendizagem, como podem conduzir esta responsabilidade a bom termo.

A pergunta óbvia a fazer a respeito é: para que contratar profissional externo para realizar a pesquisa do clima organizacional, quando a direção não tem o conhecimento mínimo necessário conhecimento do assunto, como também não discute previamente as questões que serão submetidas ao seu pessoal. E a sua resposta, mais óbvia ainda, é que esse discurso é apenas nuvem de fumaça.
 

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Alexandre Cedrim

Alexandre Cedrim

Administrador de Empresas e Consultor Organizacional

Postado em 06/11/2019 07:47

O êxito depende de um bom projeto

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O êxito depende de um bom projeto
De acordo com o IBGE, 60% das micro e pequenas empresas fecham com menos de 5 anos

O objetivo de qualquer projeto nas organizações privadas é a verificação da viabilidade de retorno financeiro direto sobre o valor do investimento pretendido, como a abertura de uma nova empresa ou filial, o aumento da produção com a aquisição de novos equipamentos, Também deve ser utilizado para solucionar problemas pontuais, como melhoria da produtividade, implantação de um novo departamento ou gerência, sendo que o retorno financeiro destes serão indiretos e a médio prazo.

A primeira fase do projeto é a elaboração do termo de abertura do projeto, denominado como pré-projeto, que analisará de forma sintética e objetiva as variáveis atuais e futuras que influenciam positiva ou negativamente o sucesso da implantação do pretendido e estas informações subsidiaram o parecer final formulado pela equipe responsável que determinará a continuidade do processo (viabilidade), a sua suspensão temporária (conjuntura atual desfavorável) ou o imediato cancelamento (inviabilidade definitiva).

A questão é o comportamento dos dirigentes de empresas de médio e pequeno porte quanto a ignorar a utilização deste instrumento administrativo nos seus planos, desde a intenção de realizar um empreendimento e quando pretendem realizar melhoria para aumentar a rentabilidade do empreendimento realizado.

A causa destes efeito é que ainda encontramos, no universo destas empresas, dirigentes céticos quanto a necessidade da utilização de princípios racionais, utilizando apenas suas experiências ou suas observações em empresas similares a que pretendem instalar e caso não venham a ser uma das empresas que aumentam a estatística de empreendimentos fracassados, continuam a agir da mesma forma empírica quando pretendem aumentar o volume de suas transações, continuando, desta forma, potencialmente candidatas à falência.

De acordo com o IBGE, 60% das micro e pequenas empresas fecham com menos de 5 anos, período no qual deveriam estar ganhando sustentabilidade e estabilidade. As causas deste fato são: 1. Falta de planejamento; 2. Não observância do mercado, não mapeamento do nicho, nem identificação da transformação, falta de foco em pesquisas; 3. Descuido com as finanças, nem garantia de sustentabilidade do negócio; 4. Falta de preparo para a rotina do negócio; 5. Ausência de comunicação, deixando tarefas e objetivos sem explicação, ou que cobranças e feedback causem tensão; Estagnação, um acomodar-se, copiando um modelo já existente; 7. Ausência de espírito empreendedor, falta de mente preparada de (mindset) empreendedor; 8. Desmotivação.

Como a maioria dos empresários das micro e pequenas empresas brasileiras têm, no máximo, o ensino médio, não devemos esperar melhorias nos resultados nas pesquisas de longevidade destas empresas, pois o recurso do ensino presencial e à distância, que poderia capacitar estes empresários ainda é utilizado minoritariamente.

Também não há necessidade de fazer pesquisas sobre o hábito de leitura de livros ou revistas direcionados aos empresários deste segmento empresarial, pois não é desconhecida que a maioria ainda não tem o hábito de buscar informações sobre o ambiente negocial através destas importantíssimas fontes de conhecimento empresarial.

Já tratei, em artigos anteriores, da importância que tem as associações empresariais e empresas do sistema S e que tem em seus estatutos a obrigatoriedade de oferecer palestras e cursos de qualificação para seus associados ou público alvo específico, mas este ofício não é cumprido na sua integridade por algumas agências, principalmente nas praças onde o empresariado é mais carente.

Realizar projeto é a projeção, desculpem a redundância, dos objetivos de todos os empresários, e quanto menor a organização mais simples e objetivo deve ser, existe literatura disponível que orienta com realizar projetos em 24 horas. Mas de quem a responsabilidade de convencer estes empresários renitentes?
 

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  • Ires Ferreira Rodrigues A educação é o melhor meio de aprendizagem que existe, se integrar, interagir, conhecer realidades empresariais similares, parcerias para troca de informações. Concordo com o artigo, porém a busca por conhecimento é atitude primordial na vida do empreendedor.
Luiz Paulo Reis Galvão

Luiz Paulo Reis Galvão

Médico Gastroenterologista e Endoscopista

Postado em 21/08/2019 07:00

O Xaxim e o Bicho Homem

Na varanda do apartamento uma Samambaia queixosa num jarro de barro. Angustiada querendo inchar suas raízes freiadas pelo vaso duro. Comprei 3 xaxins para ela. Xaxins são feitos de troncos de samambaias selvagens de grandes dimensões. Esses troncos são compostos de suas próprias raízes entrelaçadas. Eles são cortados, torneados e fatiados gerando os xaxins que a seguir são escavados e se transformam em jarros . Neles se coloca a terra e nela a mudinha de samambaia, cujas raízes vão se entrelaçando com as raízes da planta selvagem que morreu para gerar os xaxins. Na embalagem, tinha escrito sementeira Serra do Mar” – São Paulo Brasil.Um deles tinha um furo na embalagem, e estava úmido. Plantei uma muda em cada um. As mudas começaram a se desenvolver. No xaxim que viera úmido percebi um broto verde do lado de fora, diferente da que plantei . Ai entendi. Era um filhote da velha samambaia mãe, que morrera para gerar o xaxim lá na serra do mar. Como estava úmido e semi-aberto, possibilitou o nascimento do broto. Cortado, industrializado e transportado por tantos quilômetros, nascera da grande sabedoria da mãe natureza. Aquilo não era apenas um xaxim com um broto de samambaia, mas a prova da coerência do universo em seus milhares, milhões de anos de existência. A mesma coerência que promove o nascer e o por do sol sempre nas mesmas horas de acordo com as estações. Que faz o ciclos das marés e o nascer da lua em horários matematicamente previsíveis. A mesma coerência da força da gravidade que mantem os mares e oceanos sempre nos seus lugares, quando poderiam cobrir facilmente os continentes em poucos minutos.Quer o homem queira ou não mesmo detendo todos os avanços da tecnologia, uma castanha caída no solo gerará uma arvore frondosa que produzirá cajus exatamente iguais ao da castanha que o gerara. Tudo escrito no código genético com uma precisão matemática .A organização das abelhas no cortiço. O acasalamento, o mel, a leveza do vôo, a rainha, a hierarquia, a polinização , as flores, as folhas, a fotossíntese, o oxigênio que nos mantem vivos, tudo numa gigantesca harmonia de forças. Os animais que parem sozinhos seus filhotes, os limpam com a própria saliva, os amamenta e os defende de todo mal. Tudo isso posto fica a indagação. Por que o bicho homem, único dotado de inteligência superior é o único que fere e desafia essa grandiosa coerência universal? Em busca de objetivos “eunucos” tenta interferir no fluxo tranquilo do Universo, maculando a agua, a terra, o ar em troca de dinheiro, prestigio, e outras “comorbidades” . No parque vi formigas organizadas em filas carregando fragmentos de folhas para o formigueiro para prover o estoque de alimentos para a prole. São ordeiras, organizadas, coerentes, regulares e responsáveis. E são apenas formigas... O bicho homem se encastela no poder e na ostentação em atitudes discriminatórias para com o semelhante por razoes de cor, status social, e outras diferenças. Se encastelam no poder como representantes do povo e ai fraudam, traem, se apropriam, se locupletam, se aproveitam, maculam, machucam, destroem e roubam em detrimento da saúde, educação, segurança e felicidade dos que os conduziram ao poder. O homem honesto é tido com um fraco, tacanho e de pouca percepção. Acorda cedo, trabalha o dia inteiro, paga os impostos, respeita a faixa de pedestres, paga em dia a prestação do carro e o plano de saúde para o salvar quando adoecer já que o dinheiro da saúde publica foi desviado pelos cidadãos “inteligentes”, perspicazes e que “sabem realmente das coisas”. Ou seja, são apenas “Tolos honestos”.Já vem de longe segundo Luiz Gonzaga: “Furaram os olhos do Assum Preto, pra ele assim cantar melhor”. Já não pode mais voar por que está cego e canta mais, porque chora, pede socorro.Na praça em frente ao meu predio todo dia chegavam os pombos e as crianças que brincavam no parquinho davam miolo de pão e pipoca para eles, que alegremente comia e depois voavam felizes. Num domingo mais de 20 estavam mortos na praça. Um morador os envenenou porque poderiam eventualmente provocar doenças. As crianças choravam inconsoláveis. Deu jornal: 1.Atirador mata numa boite 56 pessoas que ele não conhecia. 2. Equipe do SAMU inclusive medico, recebe propina para aplicar medicação para piorar a situação do paciente, para justifificar sua remoção para UTI particular. Voltando a nossa varanda as duas samambaias cresceram num mesmo xaxim e num recanto do lado de fora , junto ao ar condicionado um Bem-te-Vi iniciou a construção de um ninho em um fim de tarde. Nele pôs os pequenos ovos que em pouco tempo eclodiram gerando filhotes. A mãe trazia alimentos ao amanhecer e no fim de tarde para aquelas pequenas criaturas que boquiabertas, esperavam o “socorro” materno. Também num fim de tarde, já maiores, voaram em família para construir novos ninhos por ai. Apenas um bando de pássaros a mais? Não, é a coerência monumental do universo. E o bicho homem continua por ai com sua arrogante prepotência pisoteando a natureza, a vida em troca da mais valia. Para onde irá? Em busca de que? Terá escolhido o destino dos dinossauros? A extinção? Vamos pensar. Pensar…Pensar…

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  • Celia Linda crônica.Sensibilidade de um grande escritor. Sentimentos de um grande homem.
Alexandre Cedrim

Alexandre Cedrim

Administrador de Empresas e Consultor Organizacional

Postado em 07/08/2019 07:44

A (ir)responsabilidade social de alguns empresários

uol
A (ir)responsabilidade social de alguns empresários
Acidente envolvendo um catamarã em Maragogi

Quando aparece na mídia o recente acidente envolvendo um catamarã em Maragogi (AL), ficamos diante do dano que um empresário pode causar ao deixar para segundo plano a responsabilidade social, que toda empresa é obrigada a ter desde o início de seu funcionamento.

As empresas são criadas para atender as necessidades das pessoas, através da produção de bens e serviços, tendo a responsabilidade de atender a essa demanda com a qualidade e segurança desejada, descartando de imediato todo e qualquer produto ou serviço que tenha a mínima probabilidade de causar perdas aos seus usuários.

Mas, infelizmente, não é essa a praxe usual que observamos no nosso dia-a-dia. São inúmeras as reclamações formais e informais que tomamos conhecimento através de nossa rede de amizade, como também a quantidade exorbitante de ações judiciais promovidas pelas pessoas prejudicadas, que adquiriram algum produto ou serviço que além de não atenderem a suas especificações técnicas, lhes causaram danos físicos, financeiros ou de qualquer outra ordem.

Exemplificando em um horizonte temporal mais recente, temos na prestação de serviços os desmandos causados pela companhia aérea Avianca, abusos no uso excessivo de defensivos agrícolas na produção agrícola, na aplicação de antibióticos e aceleradores de engorda em animais destinados à alimentação das pessoas, ocorrências que já vem de algumas décadas atrás. Poderíamos enumerar irresponsabilidades de dirigentes de qualquer segmento empresarial, sem receio de cometer erro de informação.

Inúmeras são as causas destas irresponsabilidades provocadas por dirigentes, que vão deste o seus baixos índices de escolaridade até a prática recorrente de ações desonestas, tendo entre estes dois extremos inúmeros outros fatores intermediários desqualificáveis, que distorcem a finalidades para quais as empresas são criadas.

Mas voltemos ao acidente ocorrido em Maragogi (AL), de um lado, ainda de acordo com o conteúdo das diversas reportagens sobre a assunto, encontramos um proprietário da embarcação envolvida que age em plena consciência da ilegalidade e da imoralidade, respondendo a ações administrativas e judiciais, complementando tais condutas com a desinformação do aviso expedido por autoridade marítima dos perigos de navegação na área naquela oportunidade, aceitando assim os riscos fatais que poderiam causar as pessoas que adquirem os seus serviços.

Como já dito, as empresas são criadas para atender as necessidades sociais, seja em qualquer segmento, sendo que as privadas objetivam ganhos financeiros ao atender a essas necessidades de acordo com o livre mercado. É por esse motivo que são consideradas organizações sociais, com seus direitos e obrigações explícitos e implícitos, fazendo que os seus dirigentes assumam os efeitos causados pelos seus atos quanto aos prejuízos causados as pessoas que utilizam seus bens ou serviços.

No caso específico aqui tratado, o acidente ocorrido em Maragogi (AL), o dano causado e relatado pela mídia foca mais especificamente nas duas mortes ocorridas e os ferimentos físicos causados em várias outras pessoas, que de fato são mais pesarosos que os outros estragos que provavelmente ocorrerão.

Quanto aos prejuízos subjetivos que provavelmente virão a ocorrer, estes refletirão nas condições de vida e às vezes de sobrevivência de várias famílias, são os reflexos negativos da imagem de destino turístico que Alagoas conseguiu vem construindo há décadas, através da divulgação sistemática de suas belezas naturais, que alavanca a economia estadual.

O que podemos deduzir, como pano de fundo deste triste evento é que os efeitos causados pelos dirigentes envolvidos diretamente foram causados por incapacidade técnica ou incapacidade intelectual, pois bastaria, apenas, a exigência do certificado de funcionamento da empresa promotora do passeio de catamarã por parte da empresa de turismo. Esta simples decisão puniria diretamente o dirigente da empresa proprietária do catamarã, pois ela ficaria alijada de concorrer com suas similares que cumprem suas obrigações fiscais e morais, como principalmente, evitaria o nefasto acontecimento.

Devemos refletir sobre este cenário, pois qual será o número de empresários que não atentam para a responsabilidade social das organizações que administram? Pela amplitude dos órgãos fiscalizadores podemos ter uma ideia inicial da quantidade, que poderá ser reduzida, caso os empresários responsáveis ao invés de criticarem o amparado de fiscalização dirijam suas críticas e comentários aos seus pares que não cumprem o que devem cumprir.
 

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