Artesãos do Estado conhecem projeto de site que vai ajudar na divulgação e na venda dos produtos
O projeto de um site de vendas de artesanato alagoano foi apresentado, na tarde desta quarta-feira (30), para artesãos de todo o Estado. A nova ferramenta vai possibilitar a divulgação das peças produzidas em cada região, além de ampliar a comercialização interna e externa dos produtos – principal dificuldade apontada por 69% dos artesãos na pesquisa do Censo do Artesão realizada no ano passado. A palestra Portal de Comercialização Eletrônico foi ministrada pelo gerente de Tecnologia da Informação da Junta Comercial de Alagoas (Juceal), Carlos Eduardo dos Santos, no auditório da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico.
No evento, os artesãos puderam entender de que forma acontecem as compras de artesanato pela Internet e discutir alguns pontos importantes das etapas do processo online. Foram apresentados os benefícios e também as dificuldades que serão encontradas durante a efetivação da ferramenta.
Além de uma maior visibilidade do produto e do artesão, os serviços de compra e venda disponibilizados na Internet superam, a cada ano, as expectativas dos vendedores online. Segundo dados mostrados pelo palestrante, em 2010 o brasileiro gastou, em média, R$ 14,8 milhões em compras pela Rede – um aumento de 40% em relação a 2009.
Outro benefício evidente é a questão do valor agregado do produto. O preço deve incluir os gastos com a entrega, mão de obra, matéria prima e a contrapartida do site, que é de 10 a 15%.
“No mundo atual, com todas as facilidades que as tecnologias oferecem, as pessoas não têm tempo para se deslocar até o produto e acabam optando pela praticidade que a Internet proporciona, mesmo que seja um pouco mais caro”, reconhece a presidente da Associação dos Artesãos do Pontal da Barra, Maria Lígia Mirin de Lins.
Há também algumas dificuldades que precisam ser estudadas para o sucesso do site, como a questão do envio do produto. É necessário que os artesãos se sintam seguros quanto ao tratamento das suas obras durante toda a trajetória até chegar ao comprador. Para isso, Carlos Eduardo foi enfático ao dizer que “é fundamental que se tenha um serviço especializado contratado para o transporte das peças”.
O site, segundo Carlos Eduardo, será dividido por cada região alagoana e todo artesão terá seu espaço na página, onde os compradores terão a oportunidade de conhecer quem é o artesão, a que região pertence, que matéria prima é usada, o estilo do artesanato que produz, etc.
“A minha intenção foi ter esse primeiro contato, para discutir diretamente com os vendedores e perceber os pontos que merecem ser estudados mais profundamente”, explicou Carlos Eduardo dos Santos.
Para a coordenadora do Programa do Artesanato Brasileiro em Alagoas, Sonia Normande Acioli, “a palestra serviu para a abertura da visão de comércio dos artesãos. Com o apoio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, que promove a articulação desse projeto, a categoria se sente mais segura. Eles sabem fazer, são artistas, mas encontram dificuldades em vender. É por isso que nós oferecemos o suporte técnico com o objetivo de alavancar o mercado do artesanato alagoano”, comemora.
