Transformar matéria-prima em obra de arte virou uma tradição no Sistema Prisional alagoano graças a iniciativa da Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) com o projeto Ressurgir. Itens que seriam facilmente descartados, como pedaços de madeira, garrafas pets, panos rasgados, são reutilizados e, depois de muito trabalho na Fábrica de Esperança, viram jogos de dama, xadrez e gamão de alta qualidade, roupas de renda, filé e crochê.
Neste final de semana, mais de 40 mil moradores de Teotônio Vilela tiveram a oportunidade de conferir esse trabalho que promove o meio ambiente e garante uma perspectiva de futuro melhor para os trabalhadores – reeducandos que cumprem pena nos presídios da capital. Eles aprenderam as técnicas de trabalho nas oficinas de Produção, Educação e Laborterapia e hoje ocupam seu tempo com dedicação nas atividades designadas no sistema.
Polyana Santana passou pela tenda da Fábrica de Esperança, montado na Arena da Cidadania, e não pensou duas vezes antes de adquirir um produto para presentear um familiar. “Estou levando para dar de presente. É impressionante a riqueza dos detalhes; são produtos de alta qualidade. Trata-se de um trabalho social que promove a ressocialização e incentiva a mudança de vida dos apenados. Esses fatores agregam mais valor ao produto”, afirmou a compradora.
A primeira-dama de Alagoas, Renata Calheiros, também fez questão de visitar a tenda da Ressocialização, montada na Arena. Na ocasião, Renata Calheiros conferiu os trabalhos artísticos expostos, cumprimentou e parabenizou os servidores penitenciários que promovem a dignidade no sistema prisional conduzindo projetos das oficinas de artesanato, serigrafia, marcenaria, tornearia, filé, pintura, decupagem e crochê.