O atual bicampeão Arraiá Forró na Roça, da Vila São Francisco, veio este ano com uma temática que relaciona o barro com o sertanejo, indo além: o momento da Criação.
O homem, segundo as Sagradas Escrituras, veio do barro e dele tirou seu sustento – artesanato, confecção de casas no interior nordestino etc.
Em véspera de São João, nesta terça-feira (23), a comunidade fez bonito participando e interagindo do festejo, em reverência ao 13º Concurso de Resgate às Tradições Juninas.
Na cidade cenográfica montada – a partir do barro -, havia uma linda igreja, com os santos juninos, fonte e a casa do fazendeiro, contando com utensílios antigos a dar uma ambiência interiorano ainda maior.
Já no palhoção, houve poesia interpretada pela professora Elza Alves Cavalcante, da Escola de Ensino Fundamental Cônego Epitácio Rodrigues. Ela falou sobre a Vila São Francisco, enfatizando que “do barro viemos e ao barro vamos voltar”.
Na sequência, entrou no local a quadrilha estilizada Forró na Roça, sob comando do puxador e coreógrafo Dalvane Matias. A temática este ano foi “Se do Barra Eu Nasci, Com Muito Orgulho e Amor, Sertanejo Eu Sou”.
Antes dos quadrilheiros começarem a encantar o público, eles rezaram o Pai-Nosso no meio da grande palhoça. Com um casamento arretado, deram início à dança bem articulada, deixando a Comissão Julgadora, ao final, aplaudindo de pé. Os ensaios se deram por seis meses.
“Nosso objetivo maior era mostrar a transformação do barro na nossa vida, na vida do povo nordestino, e trazer este sentimento para o centro do arraia”, comenta Dalvane Matiais, organizador do festejo junino há cinco anos.