A partir de fevereiro do ano que vem as cidades de Arapiraca e Batalha ganham Polos Agroalimentares que vão atuar no desenvolvimento biotecnológico das cadeias produtivas de hortifruti, mandioca e leite. As obras fazem parte das ações estratégicas da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) de Alagoas para o interior do Estado, contribuindo com pesquisa e inovação para melhoramentos na produção, desenvolvimento de produtos, fundando assim, um centro de excelência no setor, gerando competitividade e consolidando-se como mais um elemento para atração de novos negócios para a região.
“O governador Teotonio Vilela Filho está investindo em projetos estratégicos que colocam a Ciência e Tecnologia no foco das decisões, sendo uma parceira no desenvolvimento de Alagoas, contribuindo para a integração dos setores, socializando ações de interesse coletivo, fomentando e buscando soluções para os desafios postos nas áreas sociais e econômicas do Estado”, afirmou o secretário de Secti, Eduardo Setton.
O Polo Agroalimentar de Arapiraca conta com uma estrutura de sete blocos, com local para o setor administrativo, alojamento para professores e estudantes, refeitório e copa, salas de aula e informática, laboratórios de qualidade de processamento da mandioca, de testes de solo e de química, biblioteca, auditório para palestras, sala de treinamento e almoxarifado, e uma miniusina para pesquisa com o bagaço da mandioca que fará também a produção de etanol (álcool) a partir da raiz. Ainda terá um núcleo de Certificação, laboratório Físico-Química, laboratório de Bromatologia, núcleo de processamento de alimentos, cozinha semi-industrial e unidade de processamento da mandioca.
“Esse ambiente vai prestar serviços tecnológicos, com o desenvolvimento e transferência de tecnologia para o setor produtivo agroalimentar da região agreste, sobretudo para os segmentos de mandiocultura e hortifruticultura, colaborando para o fortalecimento dos Arranjos Produtivos Locais (APLS) – com apoio tecnológico e incentivando a cultura de inovação, tornando-os mais competitivos”, disse Setton.
Já o Polo de Batalha localizado no sertão alagoano e no município considerado a bacia leiteira do Estado, terá dois blocos com laboratórios de pesquisa, uma fábrica de produção de leite e derivados, setor administrativo, sala de informática, almoxarifado, salas de aulas práticas e teóricas, refeitório, alojamento para alunos e suíte para professores.
Vai prestar serviços tecnológicos, desenvolver e transferir tecnologia para o setor produtivo do leite e derivados, aumentando assim, a qualidade dos produtos e incentivando a cultura da inovação, tornando-os mais competitivos.
“Outra novidade é que mesmo antes da conclusão das obras do campus Batalha do Instituto Federal de Alagoas, o Ifal irá utilizar o espaço do Polo a partir do início de 2014 para se antecipar e oferecer cursos à população”, acrescentou o secretário da Secti.
Parque Tecnológico
Os dois polos fazem parte do Parque Tecnológico de Alagoas, que tem o objetivo de promover o empreendedorismo inovador em Alagoas visando a criação e o crescimento de empresas de base tecnológica e de empreendimentos sociais, através da apropriação dos conhecimentos tecnológicos gerados nas instituições de planejamento e desenvolvimento e da inserção de produtos, serviços e processos no mercado contribuindo para o desenvolvimento de Alagoas e do país. Com obras previstas para o início de abril de 2014, a sede do Parque Tecnológico de Alagoas será em Maceió, no bairro de Jaraguá, e ficará responsável pela gestão dos Polos Tecnológicos de Polo Agroalimentar de Batalha, Polo Agroalimentar de Arapiraca, Polo de Tecnologia da Informação, Comunicação e Serviços e o Polo da Química, do Plástico e Materiais, criando um ambiente favorável e dedicado à realização pela de seus objetivos no apoio à inovação.
O Instituto do Parque Tecnológico de Alagoas será responsável pela gerência e consolidação dessas políticas de fomento na área, fazendo a integração entre os setores público e privado e a academia. “A principal missão é criar um ambiente onde possa acontecer de forma mais fácil a interação entre essas esferas, buscando sempre o desenvolvimento econômico e social”, complementou Eduardo Setton.
Foram investidos na obra um total de R$ 12 milhões, sendo R$ 8 milhões financiados pelo Governo Federal com a contrapartida de R$ 4 milhões do Estado.
Parcerias
O parque tecnológico e seus polos é um projeto do Governo de Alagoas, realizado através da secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Informação (Secti), em parceria com a FAPEAL (Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas, apoio da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Federação das Indústrias e Federação da Agricultura.