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Sergipe

Aracaju reforça combate à dengue no bairro 18 do Forte, na capital

Equipe era composta por mais de 10 agentes de endemias

“Com chuvas e períodos de sol intenso, Aracaju apresenta condições climáticas favoráveis a reprodução do mosquito Aedes aegypti. Lugares e recipientes com acúmulo de água parada, limpa e exposta podem estar servindo de criadouros para o mosquito transmissor da dengue”. Isto é o que afirmou Jefersson Santana, supervisor geral do Programa Municipal de Controle da Dengue durante a promoção de mais um mutirão de combate à dengue. A ação aconteceu neste sábado, 14, no bairro 18 do Forte. Equipe composta por mais de 10 agentes de endemias percorreram as ruas do bairro orientando a população e fazendo inspeções nas casas.

Jefersson Santana reafirmou que a Saúde está alerta para o combate, porém precisa da colaboração de todos para evitar que mais pessoas adoeçam e situações de risco sejam eliminadas.

“O último estudo sobre a dengue feito em janeiro apontou que a infestação no bairro cresceu e precisamos ficar em alerta. Nosso recado aos moradores é que o perigo que o mosquito representa agora é ainda maior, pois transmissor da dengue também pode transmitir a febre Chikungunya. Até o momento não temos nenhum caso dessa febre confirmado no Município, mas, devemos prevenir”, pontuou.

Muitos focos continuam sendo encontrados em lavanderias e tanques e tonéis destampados. O supervisor da dengue no bairro 18 do forte Genison Barbosa reforçou que a localidade que mais preocupa as equipes no bairro é a Baixa da Cachorrinha.

“Lá, temos encontrado focos de dengue principalmente numa área que fica um pouco mais elevada. Os agentes vão tratam, eliminam, mas quando retornam sempre tem foco do mosquito nos mesmos locais. Acontece que com qualquer o problema no abastecimento de água, as pessoas muitas enchem tonéis, baldes e quando a água encanada retorna esquecem-se de esvaziar os grandes recipientes guardados”, afirmou o supervisor da dengue.

“Outra situação perigosa é quando os moradores fazem reformas e deixam latões vazios expostos no fundo do terreno, daí quando a chuva vem enche de água e o mosquito deposita os ovos”, acrescentou Genison Barbosa reforçando que os moradores devem e se cuidar mais para prevenir à dengue, pois a doença possui formas mais severas que podem levar a óbitos.

A agente de endemias do bairro Novo Paraíso Cleidisselma Santos foi uma das servidoras que se dispôs a somar esforços, integrando a equipe do mutirão. “As pessoas precisam se esforçar para prevenção e ter mais consciência. Vemos que muitos moradores se descuidam porque não conseguem se convencer que a dengue existe e pode vir a atingi-los ou mesmo atingir os vizinhos e familiares”, revelou.

“Todos precisam limpar as lavanderias com frequência e cobrir com telas de proteção os reservatórios. Nessa época de chuvas o que também contribui bastante para agravar a situação de infestação são pequenos recipientes como copos plásticos, vasilhas, latinhas jogados de forma inadequada nas ruas, quintais ou terrenos. Daí quando chove e faz sol, qualquer um desses locais facilitam a reprodução do mosquito”, explicou Cleidisselma Santos.

Muitos moradores aprovaram a realização do mutirão. Esse é o caso de José Roberto funcionário público que mora há 10 anos no 18 do Forte. “Esses esforços com certeza fazem a diferença. Acredito que esse alerta dado pelo poder público demonstra que todo mundo tem a capacidade de fazer limpeza e organizar a própria casa de modo a se prevenir”.

“A presença dos agentes serve de alerta, esse trabalho é justo e super importante”, disse José Roberto, explicando que com trabalho intensivo do combate a dengue muitas dos moradores têm buscado se cuidar mais.