Réplicas foram reproduzidas após João Soares Vieira ter um sonho com o navio Comendador Peixoto
Após vê-lo afundar na década de 1960, João Soares Vieira teve um sonho com o navio Comendador Peixoto. Depois disso, várias réplicas da embarcação foram feitas e estão espalhadas pelo país afora.
Com 63 anos, “João das Balsas”, como é conhecido na região, reside em Penedo há vários anos e desde outubro de 1992 ele não para de reproduzir barcos que navegaram ou que até hoje navegam pelas águas do Velho Chico.
“Dos 13 aos 18 anos eu ajudei meu pai na marcenaria dele. Depois me casei e fui trabalhar só. Já passei por muita coisa nessa vida e uma delas foi presenciar o navio Comendador afundar em 69. Depois disso eu sempre ficava sonhando com ele, até que um amigo me mandou fazer uma miniatura do que eu via no sonho”.
Segundo o artesão, após reproduzir a embarcação os sonhos pararam. “Pareceu mágica. Desde o primeiro barco, que foi para uma pousada no Centro de Penedo, eu não tive mais o sonho. Acho que era um sinal”, disse ele.

A partir daí os pedidos pelas réplicas não pararam. “Morei muitos anos na parte baixa da cidade e isso me ajudou bastante, pois quando os turistas passavam pela minha casa, sempre levavam as miniaturas das balsas. Tenho peças em Maceió, Pão de Açúcar, Piranhas, Neópolis e até na Suíça”.
Hoje “João das Balsas” reside no Loteamento Santa Luzia, Vila Matias, parte alta da cidade ribeirinha, e guarda com orgulho a reprodução em madeira do navio Comendador Peixoto em sua casa. “Eu guardo com carinho a réplica do Comendador. Daqui ele não sai porque é minha paixão”, complementou o artesão.
