O diretor do Instituto Médico Legal (IML) de Maceió, Luiz Antônio Mansur, entregou o cargo na manhã desta quarta-feira, 1º de agosto. O médico, que antes pertencia ao quadro do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), permaneceu na função por 42 dias, período marcado por uma série de problemas.
O pedido de exoneração foi entregue ao diretor geral da Perícia Oficial de Alagoas, coronel Roberto Liberato, que por sua vez aguarda o posicionamento da Secretaria de Defesa Social. Luiz Mansur justificou sua decisão dizendo que não estava conseguindo conciliar o trabalho no órgão com outras atividades desenvolvidas por ele.
Uma dessas atividades, segundo Mansur, seria a continuação de um tratamento fisioterápico pelo qual ele vinha passando há algum tempo. O médico contou que não estava tendo tempo para comparecer as sessões porque o cargo de diretor do IML exige dedicação integral. “Fraturei o pescoço quando trabalhava no SAMU e por isso preciso continuar com as sessões de fisioterapia, coisa que não estava conseguindo conciliar”, declarou em entrevista concedida a imprensa.
Luiz Mansur assumiu a direção do órgão após o médico legista Gerson Odilon pedir exoneração do cargo. Ao aceitar o desafio, Mansur passou a enfrentar problemas que impossibilitavam a execução dos serviços prestados pelo instituto. Recentemente, famílias tiveram que esperar mais de 48 horas pela liberação de corpos por conta da greve dos legistas. Esse fato fez com que uma série de manifestações fossem realizadas em várias partes do estado, trazendo a tona outros problemas estruturais enfrentados pelo órgão.
A Secretaria de Defesa Social deve se posicionar nesta quinta-feira, 02 de agosto, sobre o pedido de exoneração feito por Mansur.