Everaldo Flor dos Santos, conhecido como “Tota,” sentará no banco dos réus na próxima terça-feira, 5 de novembro, para responder pelo crime de homicídio qualificado de sua companheira, Walquíria dos Santos, que na oportunidade tinha apenas 31 anos. O caso, registrado há mais de uma década, ocorreu no distrito da Pindorama, situado na zona rural de Coruripe.
De acordo com denúncia do Ministério Público, o crime foi praticado no dia 13 de fevereiro de 2014, quando Everaldo teria disparado uma arma de fogo contra Walquíria por volta das 14h. O crime ocorreu na presença dos três filhos do casal de apenas 3, 4 e 5 anos, à época dos fatos.
Em depoimento, familiares da vítima disseram que o relacionamento do casal era conturbado, marcado por idas e vindas e por frequentes episódios de ciúmes e violência física, agravada pelo uso excessivo de álcool. Ainda segundo os autos, após o crime, Everaldo teria fugido para Carmopólis, em Sergipe, sendo preso tempos depois.
O crime é classificado como homicídio qualificado pelo motivo torpe e pela utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, de acordo com o artigo 121, § 2º, incisos I e IV do Código Penal.
O caso ganha relevância não apenas pela brutalidade, mas também pela circunstância de violência doméstica, já que Everaldo e Walquíria mantinham uma relação de intimidade, caracterizando a aplicação da Lei Maria da Penha. A acusação pede a condenação do réu, evidenciando o impacto social e legal do caso, e reafirmando o compromisso do sistema de justiça com a defesa das vítimas de violência doméstica.
