Nesta quinta-feira, 8, representantes do Arranjo Produtivo Local (APL) da Mandioca no Agreste e do governo de Alagoas, em conjunto com outros atores locais farão uma visita técnica aos municípios sergipanos de Campo do Brito e São Domingos. O objetivo é observar o funcionamento de fornos melhorados para a produção de farinha de mandioca e o uso da manipueira para alimentação de animais.
Os fornos melhorados produzem a farinha mais rapidamente, com maior qualidade, com menos poluição para o meio ambiente, redução da emissão de fumaça e economia de 50% do total de lenha utilizado.
“A melhoria do design nos fornos irá gerar um grande avanço na produção de farinha. A redução do uso de lenha pela metade é uma grande economia de custo, além de que propicia uma diminuição na emissão de poluentes na natureza”, explica o gestor do APL da Mandioca, Nelson Vieira.
A manipueira, resíduo líquido gerado na prensagem da mandioca com alto teor de toxicidade, geralmente despejado nos rios e no solo, pode ser empregado, segundo Vieira, na alimentação animal.
Ao passar por tratamento, o que antes era jogado fora, irá servir para a engorda de bovinos. Ainda conforme o gesto, a utilização da manipueira reflete o potencial econômico da indústria da mandioca, já que toda a produção é utilizada. “Os principais derivados da mandioca são a fécula e a farinha. Com a descoberta do potencial da manipueira, percebemos que o que era um incômodo para a indústria agora é fonte de renda. De acordo com pesquisas, bovinos engordam até 800 gramas por dia”, resume.
A visita técnica ocorre para que produtores de Alagoas conheçam a tecnologia empregada em outros lugares e façam uso das inovações em seus municípios.
