A saúde pública no Brasil frequentemente é vista como ineficiente e arcaica. Em Alagoas não é diferente. O Hospital Geral do Estado (HGE) é a maior referência da área. Ele recebe a maior parte da população necessitada de atendimento e internações médicas. E como qualquer unidade hospitalar sofre com as dificuldades do setor público.
No entanto, nos últimos anos, a realidade vem mudando. O HGE, além de contar com mais de 350 leitos, pediatria, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e Cuidados Intermediários (UCI) dispõe de aparelhos “de ponta”, que o qualificam a atender pacientes graves, com rapidez e eficácia, agilizando o processo e o tempo de permanência do paciente no no hospital.
Um dos aparelhos diferenciados é o Tomógrafo “MultiSlice”. Ele se utiliza de raios x para a obtenção de imagens do corpo. Permite examinar uma região inteira do corpo, em apenas alguns segundos. É um método de exame não invasivo, rápido e de alta precisão diagnóstica, com baixa radiação.
De acordo com a coordenadora do setor de diagnóstico por imagem, a médica Dilma Tenório, o aparelho Tomógrafo “Multislice” é o quarto do nordeste, ele é considerado o mais moderno no seu segmento. “Com esse aparelho podemos examinar 140 pessoas por dia e mais de 1000 por mês. Antes da aquisição do Tomógrafo os exames eram mais lentos e necessitava que o paciente permanecesse mais tempo no HGE. Com ele, temos precisão do diagnóstico e aceleramos a rotatividade dos leitos, e hoje temos equipe médica qualificada para manuseá-lo,” explica a médica.
A diretora geral do HGE, Verônica Omena fala das melhorias. “Para se ter uma ideia, no início de 2014, a média de permanência de um paciente no hospital era de aproximadamente 11 dias. Hoje, devido aos avanços de cirurgia, regulação de leitos e assistência, esta média caiu para quatro dias”, ressaltou a médica Verônica Omena.
Outro aparelho de alta tecnologia é o “Arco Cirúrgico”. Ele realiza exames para diagnosticar e tratar doenças com vasos afetados. Desde problemas na circulação arterial, venosa e/ou linfática, tratamento de aneurisma com implante de endoprótese até minimizar os riscos pós-operatórios.
Segundo o coordenador de cirurgia vascular do HGE, o médico Cézar Ronaldo Alves a cirurgia é realizada por meio de cateteres, bainhas, fios guias, balões e stents. “Os procedimentos são minimamente invasivos, pois não tem necessidade de “abrir” o paciente. Por isso reduz o tempo de permanência no leito e as cirurgias consideradas de grande porte, tornam-se de médio porte e com recuperações mais abreviadas. Além disso, o paciente não espera mais do que 48 horas para passar pelo procedimento. Antes ele tinha que esperar até 30 dias, para ser inserido no sistema. A espera agravava a doença”.
O médico garante que o paciente do Sistema Único de Saúde, atendido no HGE tem o serviço médico igual ou melhor do que aquele tratado no Hospital do Coração, de forma particular.
Outros destaques de aparelhos com tecnologia avançada são: a Maca Motorizada (pioneira em Alagoas, permite a passagem do paciente de forma confortável. Protege contra lesões. Assegura a saúde do paciente e do maqueiro. Hoje o HGE tem seis unidades); Ultrassom portátil com doppler (Ele é pequeno e pode ser levado a qualquer lugar. Permite fazer exames de ultrasom vascular, ecocardiograma com dopller. “Antes não existia doppler aqui no HGE, com ele é possível ter precisão no diagnóstico”, diz a coordenadora dos técnicos de Raio X do Hospital, Sônia Alves); além dos equipamentos de termodesinfectoras e gabinete de secagem, garantindo a segurança e esterilização dos materiais do hospital.
