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Alagoas

Ao Vivo: Talvane Albuquerque acusa ex-governador pela morte de Ceci Cunha

Médico e ex-deputado Talvane Albuquerque diz conhecer Chapéu de Couro

O acusado de ser o autor intelectual do crime praticado contra a médica e deputada arapiraquense Ceci Cunha, seu marido e mais duas pessoas da família, foi interrogado pelo juiz André Tobias Granja na tarde desta terça-feira, 17 de janeiro. O também médico e ex-deputado, Pedro Talvane Luiz Gama de Albuquerque Neto, de 55 anos, confirmou que tinha ligação com o pistoleiro Maurício Guedes, vulgo “Chapéu de Couro”, mas negou participação no crime que foi registrado na noite de 16 de dezembro de 1998 e ficou conhecido em todo o país como a ‘Chacina da Gruta’.

Talvane Albuquerque foi o último dos acusados a depor. Em seu depoimento, o ex-parlamentar destacou que conhecia “Chapéu de Couro” porque era médico da mãe e de suas irmãs. Albuquerque disse ainda que ao encontrar o pistoleiro em um restaurante na cidade de Petrolina, em Pernambuco, tomou conhecido de um plano para acabar com a vida do ex-deputado Augusto Farias.

O depoente declarou ainda que não era amigo de Ceci Cunha, mas que não tinha por ódio por ela. O réu acusou o ex-governador Manoel Gomes de Barros, o Mano, e mais quatro policiais pela chacina. De acordo com Albuquerque, Ceci deve ter sido morta porque desistiu de concorrer às eleições em 1998 como vice-governadora de Manoel Gomes de Barros para se lançar deputada federal.

Segundo o principal acusado, a ex-deputada devia R$ 2 milhões ao ex-governador. Manoel Gomes de Barros nega as acusações e declarou em entrevista a imprensa alagoana que Talvane Albuquerque “é um louco, um psicopata”.

O depoente declarou também que é incapaz de fazer mal a alguém, principalmente a uma mulher. Quanto ao depoimento dos outros acusados, Talvane Albuquerque informou que não tinha conhecimento dos fatos ali relatados.

O julgamento histórico do caso Ceci Cunha entrou em seu terceiro dia nesta quarta-feira, 18. Nessa fase do julgamento a defesa e acusação terão três horas para expor suas teses. O Tribunal do Júri é presidido pelo juiz titular da 1ª Vara Federal, André Luís Maia Tobias Granja. O Conselho de Sentença é formado por sete jurados. A defesa dos réus é exercida por seis advogados e a acusação por dois procuradores da República e dois advogados assistentes de acusação. A previsão da Justiça Federal é de que o julgamento termine por volta das 23 horas desta quarta-feira, 18.

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