O Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado de Promoção da Paz (Sepaz), tem intensificado cotidianamente o trabalho de apoio aos dependentes químicos com ações efetivas para minimizar o sofrimento dos próprios dependentes e de seus familiares.
Um dos instrumentos eficazes na luta contra às drogas no Estado é o serviço Anjos da Paz, projeto integrante do programa Acolhe Alagoas, implantado pela Sepaz há dois anos, com o objetivo de encaminhar os dependentes químicos a uma das 30 comunidades terapêuticas parceiras no trabalho.
Com três equipes constituídas por profissionais como assistentes sociais, psicólogos e motoristas contratados para dar o suporte necessário às vítimas das drogas, as pessoas podem usufruir dos serviços dos Anjos da Paz todos os dias da semana.
A assistente social Mônica Tenório e psicóloga Josefa Ferreira são algumas das profissionais que, além do suporte técnico e emocional oferecido aos dependentes e familiares, acrescentam outro componente importante no trabalho árduo diário contra as drogas.
“A doação é constante, a gente se envolve com o drama de tantas mães”, resume Josefa. Com uma média de atendimento diário entre quatro e cinco casos por dia, entre chamados e visitas à casa de familiares de dependentes químicos, as profissionais lidam com casos que surpreendem.
De todos os casos que chegam ao programa, 95% estão intimamente ligados ao consumo avassalador do crack no Estado. Os outros 5% são divididos entre alcoolismo e outra drogas, segundo levantamento da Sepaz.
“Fizemos uma segunda visita a uma família de sete pessoas entre mãe, irmã e os filhos, todos dependentes do crack. Todos moradores da mesma casa”, conta Mônica, ao se referir à família moradora da Aldeia do Índio, no bairro do Jacintinho.
“Por enquanto, todos eles estão reticentes em receberem a assistência e o encaminhamento para uma das 30 comunidades terapêuticas de tratamento parceiras do Estado, mas a gente está tentando convencê-los”, completa a assistente social. Há um ano, um dos jovens desta família foi assassinado por conta do crack.
No mesmo dia, as profissionais fizeram visita à casa de um jovem que também se rendeu ao crack, no bairro do Feitosa. “Ele, inclusive, se entregou de tal forma à droga que não aparece há quase três meses no emprego”, conta a avó do adolescente.
Uma das formas de ação dos Anjos da Paz é quando o próprio dependente pede ajuda. Neste caso, se não tiver como o dependente ir até o centro de acolhimento que funciona próximo à Praça Sinimbu, no centro de Maceió, as unidades móveis que visitam a casa do dependente fazem o acolhimento.
“Outros ligam e agendam a visita. Já houve casos em que voltarmos 10 vezes a mesma rua em menos de um mês”, conta Josefa. No plantão de Carnaval, por exemplo, as equipes do projeto Anjos da Paz realizaram 640 atendimentos, entre visitas solicitadas por telefone e abordagens de rua em Maceió e cidades do Litoral Norte e Sul de Alagoas. Nesse período, foram feitas cerca de 50 triagens de dependentes químicos. Destas, 25 foram encaminhados para tratamento nas comunidades do Acolhe Alagoas.
Os serviços dos Anjos da Paz podem ser solicitados pelo call center 0800 280 9390 ou pelo telefone (82) 3315-1913.
