O Festival Internacional de Cinema de Los Cabos, no México, sediou, no dia 14 de novembro, a 3ª edição do Intercâmbio de Melhores Práticas (BPX, no original em inglês). O encontro, uma iniciativa da ACE (Ateliers du Cinéma Européen), em parceria com o Israel Film Fund, reúne diretores de órgãos de fomento ao cinema de todo o mundo para discutir e promover novos padrões de excelência em apoio à produção, ao desenvolvimento e à distribuição cinematográfica.
As discussões desta edição do BPX foram centradas em dois temas: “Fundos devem reservar recursos públicos para a produção de gêneros específicos de filmes?” e “A busca por qualidade e as pressões políticas sobre as agências de fomento para utilizarem critérios objetivos para seleção de projetos podem levar à uniformização da produçâo e à exclusão de filmes originais (autorais)?”.
A ANCINE foi representada pela diretora Vera Zaverucha, que falou sobre a experiência da Agência em estabelecer, dentro de sua política, a necessidade de diversidade da produção. Vera citou o caso da linha PRODECINE 05 do Programa Brasil de Todas as Telas, com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual. A linha é destinada à seleção de projetos de produção independente de longa-metragem de ficção e animação, com foco em propostas de linguagem inovadora e relevância artística. Os projetos devem ter potencial de participação e premiação em festivais e apontar para a experimentação, mas precisam, também, ser capazes de dialogar com seu público-alvo e de realizar seu potencial comercial na fatia de mercado específica que almejam. Segundo a diretora, “as comédias têm tido mais resposta do público em geral, mas o filme autoral tem se destacado nos festivais. Desta forma, a diversidade é uma questão central para a ANCINE”.
Além da Agência Nacional do Cinema, também participaram do encontro instituições de fomento ao audiovisual do Canadá, Islândia, Croácia, Geórgia, Lituânia, Finlândia, Eslovênia, México, Israel, Estônia e Colômbia.
