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Negócios/Economia

Analistas esperam nova redução da taxa básica de juros

Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) esperam por uma redução de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para amanhã (17) e quarta-feira. Atualmente, a taxa está em 11% ao ano. Para o fim de 2012, a expectativa é 9,5% ao ano, há cinco semanas. No final do próximo ano, a previsão é de 10,25% ao ano. Essas projeções estão no boletim Focus, publicação semanal do BC elaborada com base em estimativas de analistas do mercado financeiro para os principais indicadores da economia.

Segundo analistas, o agravamento da crise externa e, por consequência, a perspectiva de menor crescimento econômico, são os fatores que devem levar o Copom a reduzir mais uma vez a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual. Nas reuniões de agosto, outubro e novembro do ano passado, o BC reduziu a Selic nesse patamar.

O Copom reduz a Selic para estimular a atividade econômica. No sentido oposto, a Selic é elevada quando a autoridade monetária avalia que a economia está muito aquecida, com elevação dos preços. Então, o Copom sobe a taxa para incentivar a poupança, desestimular o consumo e segurar a inflação.

De acordo com as previsões do Focus de hoje, a expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2012, caiu pela sétima semana seguida, ao passar de 5,31% para 5,30%. Para 2013, a expectativa foi mantida em 5%. Essas projeções estão acima do centro da meta de 4,5%, mas abaixo do limite superior de 6,5%.

A pesquisa do BC também traz estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que passou de 5,26% para 5,24%, neste ano, e ficou em 4,70%, em 2013.

A expectativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) foi ajustada de 5% para 4,99%, este ano, e ficou em 4,9%, em 2013. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a alteração foi de 5,07% para 5,01%. No próximo ano, a expectativa para o índice passou de 4,92% para 4,94%.

A estimativa dos analistas para os preços administrados foi alterada de 4,5% para 4,2%, em 2012, e ficou em 4,5%, no próximo ano. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento e transporte urbano coletivo.