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Amigos da Síria querem mais prazo para governo adotar plano de paz na região

Na declaração final do grupo Amigos do Povo da Síria, os representantes dos países que tentam negociar o fim do impasse na região apelaram para que as Nações Unidas e a Liga Árabe fixem novo prazo para que o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, adote o plano de paz. No momento em que se negociava a paz, pelo menos 40 pessoas foram assassinadas no país, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Em mais de um ano, cerca de 10 mil pessoas morreram em decorrência dos embates entre manifestantes e forças leais a Assad. “O grupo dos Amigos saudou os esforços do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, e expressou apoio à aplicação integral do seu mandato”, diz a declaração final do grupo, formado por representantes de 83 países reunidos em Istambul, na Turquia.

“[Fazemos um apelo ao] enviado especial para que determine um prazo para as próximas etapas, incluindo um regresso ao Conselho de Segurança da ONU [Organização das Nações Unidas] se as mortes continuarem”, acrescentaram os Amigos do Povo da Síria no texto.

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, lembrou que há mais de uma semana Assad prometeu executar o plano de paz e até agora não houve mudanças. Manifestando impaciência, o chanceler da França, Alain Juppé, disse que deve ser fixado um limite para Assad executar o plano.

Pelo plano apresentado por Annan, deve ser posto em prática um cessar-fogo na região, a abertura das negociações políticas e a ajuda humanitária. Os Amigos do Povo da Síria ressaltaram ainda o direito da população à autodefesa.

O presidente do Conselho Nacional Sírio (CNS) – principal organização da oposição -, Burhan Ghalioun, anunciou que serão pagos salários para os integrantes do chamado Exército rebelde. De acordo com alguns dos presentes, a Arábia Saudita e o Catar vão contribuir com a oposição.