Os comerciantes informais que, durante décadas, venderam lanches em barracas de madeira instaladas na calçada da Escola Rui Barbosa, em Anadia, foram transferidos para quiosques padronizados, construídos pela Prefeitura na praça central da cidade. A construção desses módulos se deu após a prefeita Sânia Tereza (PT) receber uma determinação do governo do Estado, solicitando a retirada dos comerciantes daquele local, após ser configurada ocupação irregular em via pública.
Preocupada com o destino daqueles pais e mães de família, a prefeita Sânia construiu quatro quiosques para abrigá-los na praça central da cidade que, recentemente, também passou por processo de revitalização. Os boxes foram construídos em alvenaria e cada um deles possui 2,5 metros quadrados. Os módulos foram entregues em regime de sessão de uso do bem público.
Apesar da preocupação dos ambulantes em manter a higiene, as antigas barracas não ofereciam qualquer tipo de credibilidade ao consumidor, principalmente pela questão visual. Pelo fato de ter sido construída sob uma calçada, as barracas não possuíam água encanada e por estarem numa área invadida, os proprietários não se interessavam em realizar melhorias em seus pontos.
Hoje a realidade é outra. Cada barraca tem seu hidrômetro e relógio de energia individuais. A estrutura proporcionou aos comerciantes a instalação de balcões, armários sob medida e outros recipientes para guardarem alimentos e produtos descartáveis. Os refrigeradores e fornos agora ficam instalados num ambiente sem umidade e com total higiene, sem o risco da presença de ratos e insetos.
De acordo com o comerciante Everaldo Macedo, que foi contemplado com um quiosque, o movimento melhorou bastante após a transferência. “Muitas pessoas que nunca tomaram, sequer, um refrigerante em minha barraca, agora freqüentam o meu estabelecimento regularmente para lanchar”, frisou.
O mesmo pensamento foi defendido pela comerciante vizinha, Tamires Souza. “Esse local agora se transformou numa grande praça de alimentação e o ponto preferido dos estudantes e de toda sociedade anadiense”, disse a comerciante, que vende salgados, doces e refrigerantes.