Para realização da feira, alunos fizeram pesquisa sobre cultura popular
“Um menino sonhador querendo ser vencedor neste mundo de horror, querendo viver a paz e o amor”. Foi deste jeito que o aluno Edilson Nascimento Silva, estudante do turno matutino do Centro Educacional de Jovens e Adultos Paulo Freire (Ceja), localizado no Centro de Maceió, definiu seu perfil no livreto de cordel confeccionado pelos estudantes para ser exposto na 1ª Feira Cultural da instituição, que movimentou a semana dos alunos na unidade de ensino.
De acordo com a coordenadora pedagógica do turno matutino do Ceja, Marilene de Souza, a feira serviu para que os alunos pudessem fazer uma pesquisa sobre os aspectos culturais e históricos dos bairros de Maceió. “Procuramos promover a aproximação dos nossos estudantes com a cultura popular alagoana”, explicou.
Aurineide Porfírio, professora de Língua Portuguesa da escola, revelou que cerca de 250 alunos estiveram envolvidos diretamente com a realização desta iniciativa. “Percebemos que os participantes demonstraram empenho e gostaram tanto que querem outras atividades como esta”, comentou. Já Graça do Carmo, professora de Artes, disse que a ideia da feira nasceu de uma pesquisa realizada junto aos alunos. “Foram as respostas deles que nos orientaram para construir esta iniciativa”, declarou.
Nilma Ferreira, concluinte do Ensino Médio, garantiu que a feira foi muito mais do que ela imaginava. “Sou evangélica e tive a oportunidade de cantar um louvor a Deus. Esta foi uma experiência ímpar”, assegurou. Anadeise de Oliveira, estudante do 1º ano do Ensino Médio, enfatizou que nunca havia participado de nada igual. “Só aqui pude dançar o estilo musical que gosto e participar da apresentação de uma peça teatral. Estou muito feliz por tudo isso”, justificou.
Mauro Faustino, outro concluinte do Ensino Médio, expôs que encontrou no Ceja a oportunidade de concluir os estudos. “Neste evento pude adquirir muitos conhecimentos. Aproveitei o momento para cantar. Foi uma experiência muito boa”, destacou.
Maria José Ferreira, responsável pela 1ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), explicou que este tipo de iniciativa ajuda a elevar a autoestima dos estudantes e integrar ainda mais a escola à comunidade. “Aqui no Ceja os trabalhadores conseguem concluir os estudos e aguçam seus talentos e criatividade”, ponderou.
Durante os dias de feira aconteceram palestras sobre prevenção às drogas, cidadania e cordel. Além disso, foram realizadas oficinas de artesanato, exposição de talentos, peças teatrais, varal de poesias, apresentação do Bloco Carnavalesco do Ceja e lançamentos de livretos de cordel e do blog da escola (www.centroeducacionaldejovenseadultos.blogspot.com).
