Alunos do Cenarte aprendem a confeccionar produtos indígenas
Conta a história que em 1940, depois de viverem séculos de perseguições e agressões pelos chamados “homens brancos”, os líderes indígenas participaram do Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. Este congresso contou com a participação de diversas autoridades governamentais dos países da América, marcando o dia 19 de abril como o Dia do Índio.
Com atividades alusivas a este dia, a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) está promovendo nos dias até esta quarta-feira (27), no Centro de Belas Artes de Alagoas (Cenarte), oficinas indígenas para todos os alunos da escola. As aulas estão acontecendo nos turnos da manhã e tarde e são ministradas por índios que realizam oficinas de pinturas em tecido, pinturas corporais, confecção de cocares, brincos e colares, além de aulas de Toré, um tipo de dança indígena.
Segundo o índio da tribo Kariri Xocó, Yachy Koran, durante as aulas os alunos terão a oportunidade de aprender a confeccionar o artesanato indígena, que atualmente é uma das principais atividades sustentáveis da tribo. “Estamos muito contentes e agradecidos à Secult pela iniciativa de abrir esse espaço para o índio alagoano mostrar sua cultura, mostrando seus valores. Com isso, estamos conscientizando a sociedade sobre a importância do povo indígena”, ressalta o líder do grupo Dzubucúa (nome que designa os grupos dos Kariris Xocós localizados no Baixo São Francisco).
Para o secretário de Estado da Cultura, Osvaldo Viegas, o Dia do Índio é uma data muito significativa e tem o objetivo de ascender cada vez mais a cultura e a história do Brasil. “O incentivo às comemorações é fundamental. Nesta data, crianças pesquisam sobre a cultura indígena e municípios fazem festas. É um dia de reflexão sobre a importância da preservação dos povos indígenas e respeito às suas manifestações culturais”,
