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Alagoas

Alunos da Ufal Palmeira protestam em Maceió

Alunos da Ufal Palmeira dos Índios aderiram ao protesto do curso de Veterinária em Maceió

Alunos da unidade Ufal Palmeira dos Índios desembarcaram nesta quarta-feira, 02, no campus A.C. Simões, sede da Universidade Federal de Alagoas em Maceió. Cerca de 150 estudantes dos cursos de Psicologia e Serviço Social viajaram do Agreste à capital para expor os problemas que enfrentam e demonstrar apoio à ocupação da reitoria pela comunidade acadêmica de Medicina Veterinária, curso que funciona na cidade de Viçosa.

A manifestação que também contaria com a participação de alunos cursos de Ciências Contábeis e Economia, adesão antecipada ontem no portal de notícias aquiacontece.com.br, só não registrou maior número de participantes porque o ônibus que fazia o transporte do pessoal quebrou. Apesar do contratempo, o protesto pacífico percorreu o campus, com visitas aos mesmos cursos disponíveis em Maceió em melhores condições do que ofertados no interior.

Fim da ocupação só com garantia do atendimento às reivindicações

A demora no atendimento de reivindicações para as unidades mais ‘antigas’ do processo de interiorização da Ufal, casos de Viçosa e Palmeira dos Índios (unidades ligadas ao campus Arapiraca, mesma condição da unidade Penedo), é apresentada como motivo da ocupação da reitoria. Iniciada em 22 de fevereiro, o fim da manifestação está condicionado à segurança de que os pleitos serão, finalmente, solucionados.

Enquanto aguardam pela certeza da realização de obras de pequenos porte (salas de aula), aquisição de equipamentos e a construção do hospital veterinário, alunos e professores mantem atividades acadêmicas nos corredores da reitoria. Segundo o comando de mobilização do protesto, quatro aparelhos ‘data-show’ já foram repassados e hoje acontece mais uma vistoria na Fazenda São Luís, sede do curso que a Ufal oferta apenas em Viçosa.

Já em relação ao edital que vai assegurar bolsa permanência, auxílio alimentação e moradia aos formandos do curso que cumprem estágio obrigatório fora de Alagoas, o documento ainda não foi publicado. Sem hospital universitário, os 15 alunos da primeira turma do curso cumprem a etapa que antecede a graduação em outros estados. Esses formandos devem receber R$ 300 da Ufal a título de ajuda de custo, outro ponto da pauta de reivindicação que o comando de mobilização aguarda a efetivação.

DivulgaçãoAlunos de Psicologia Social temem vistoria do MEC

Com seus próprios problemas, os alunos de Psicologia e Serviço Social da unidade Palmeira dos Índios voltaram para a cidade sem manter contato com a reitora Ana Dayse Dorea. Sem audiência agendada, não houve a reunião para a comunidade que aguarda fiscalização do MEC com receio de figurar na lista de cursos “sem conceito”, péssimo status que já mancha a situação de Medicina Veterinária da unidade Ufal Viçosa.

A manifestação desta quarta-feira foi encerrada com uma ciranda em frente aos portões de acesso ao campus A.C. Simões. Lá dentro, alunos angariavam recursos para realizar um ‘churrasco simbólico’ nos jardins da reitoria que liberou almoço no Restaurante Universitário (R.U.) apenas para os dois primeiros dias da ocupação.

A suspensão foi retirada sob a justificativa que o local atende apenas alunos em situação de vulnerabilidade social, condição que se enquadra, pelo menos em parte, para os universitários beneficiados pelo processo de interiorização da Ufal.