A Assembleia Legislativa Estadual (ALE) aprovou o reajuste de 15% para os servidores da rede pública estadual de Alagoas. A decisão dos deputados segue agora para ser sancionada pelo governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). O reajuste nos salários será pago ainda em junho, com o mês retroativo a maio. Além desse aumento, a categoria espera receber mais 7% que o governo está oferecendo aos demais servidores.
A previsão é que o percentual, que já foi aceito pelos setores da educação e da Polícia Civil, siga ainda este mês para a ALE e seja incorporado para a saúde, somando um valor total de 22% de reajuste para a categoria, que não aderiu à greve deflagrada em vários setores do funcionalismo público estadual.
A estratégia de apresentar as perdas salariais sofridas desde o primeiro ano de governo tucano, bem como pressionar o Estado com base em uma negociação que se arrastou por quatro anos e foi interrompida pelo Executivo sem qualquer progresso, acabou sendo a mais viável para os líderes do Movimento Unificado da Saúde.
“Vejo o aumento de 22% como positivo, fruto de uma batalha difícil entre o Movimento Unificado da Saúde e o governo. Não podemos deixar de destacar, entretanto, que a morosidade dessa gestão estadual dificulta as relações nos dois lados. O governo sem dúvida trata a categoria muito mal e desde que assumiu o Estado, os servidores tiveram perdas muito altas nos salários”, ressaltou o presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem no Estado de Alagoas (Sateal), Mário Jorge Filho.
Segesp recebe reivindicações
Em reunião com a Secretaria de Gestão Pública, as lideranças do Movimento Unificado da Saúde entregaram uma pauta de reivindicações à secretária adjunta de pessoas, Ricarda Pontual Calheiros, que se comprometeu a analisar todos os itens. Num prazo de dez dias, servidores e governo voltam a debater as reivindicações.
Nos pontos exigidos pela categoria, a implantação da insalubridade para quem ainda não recebe o adicional, mas está atuando dentro da unidade de saúde; a correção da insalubridade com a unificação de 40% para servidores que recebem de forma discriminatória; a transformação oficial da rede do hemocentro em unidade de urgência emergência, já que a unidade faz este tipo de serviço, no entanto, os servidores não recebem a gratificação; reajuste na produtividade GPF; reativação da Comissão de Reavaliação para emissão de laudos de insalubridade; mudança de letra a cada cinco anos, uma clausula não respeitada nesse governo; e a revisão cargos e carreiras.