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Política

ALE: projeto busca o uso racional da água em edificações públicas

Deputado Inácio Loiola

O Dia Mundial da Água, instituído pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas em 21 de Fevereiro de 1993, e comemorado neste 22 de março, foi o tema do pronunciamento do deputado Inácio Loiola (PSDB) durante a sessão ordinária desta quinta-feira, 21.

A possibilidade de escassez da água potável é considerada pelo parlamentar um dos maiores problemas a ser enfrentado pela humanidade neste século. Loiola informou que, pensando na preservação do potencial aquífero alagoano, está apresentando projeto de lei que institui no âmbito do Estado o “Programa de Conservação e Uso nas Edificações Públicas e Privadas”.

O programa consiste em incentivar o Estado a adequar os prédios públicos com mecanismos e aparelhos que permitam economia de água, inclusive, nos imóveis locados. “É um programa que deve ser implementado gradativamente com a participação não somente do Estado, mas de toda a sociedade, por meio do estímulo a adoção de práticas de educação ambiental, cujo tema já deva ser ensinado e debatido nas escolas”, disse o deputado.

Durante seu fala na tribuna da Casa, Loiola informou que recentes estudos apontam que os maiores rios do mundo estão perdendo volume de água. “O rio São Francisco já perdeu 35% do seu volume e isso é extremamente preocupante”, informou. “Por conta disso é que sempre fiz o alerta: o grande problema que vamos enfrentar nesse século é a falta de água potável”, alertou.

Outro ponto observado pelo parlamentar diz respeito à falta de planejamento dos governantes brasileiros para com a região do semiárido. De acordo com Loiola, no século passado foram investidos cerca de 120 bilhões de dólares, ao que chamou de “convivência paliativa”, com o objetivo de minimizar os efeitos das secas que afligiram o Nordeste. “Recursos que foram utilizados sem se ter um trabalho de infraestrutura de convivência. Não existe um planejamento para que os sertanejos possamos conviver com a seca”, criticou.

Estudos demonstram que 40 litros de água é o ideal para o consumo de uma pessoa. No entanto, alerta o parlamentar, o habitante do Rio de Janeiro gasta 450 litros; de Moscou, 600; e de Nova Iorque, 1045. Enquanto um cidadão no Deserto do Saara consegue sobreviver com apenas 3 litros. “Essa disparidade mostra ser preciso tomar providências porque a água doce é uma preciosidade rara inerente ao homem. É um produto finito”.Não é preciso ir muito distante para saber os efeitos da falta d’água. O sertão alagoano está sofrendo com a estiagem prolongada numa proporção jamais vista, disse. O que alivia o quadro de dificuldade, lembra, são os caminhões pipas e a distribuição de ração para alimentar o combalido rebanho bovino