Plenário da ALE ficou lotado
A preocupação com os altos índices de criminalidade e homicídio registrados em Alagoas motivou a realização de sessão pública, nesta sexta-feira, 11, no plenário da Assembleia Legislativa. Na oportunidade, o deputado Alessandro Molón (PT/RJ) apresentou o seminário intitulado “Os elevados índices de mortalidade por arma de fogo no Brasil”, no qual debateu números oficiais sobre o problema no País.
O parlamentar, presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, apresentou uma série de questionamentos sobre o que está sendo feito pelo poder público para cobater a violência nos Estados e defendeu a necessidade de controle na fabricação de armas de fogo no País. “Porque sabe-se que o maior número de homicídios são praticados por armas nacionais”, justifica Molón.
O deputado federal Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT/AL), membro da comissão da Câmara Federal, disse que é preciso desenvolver ações firmes e constantes no combate à violência. “Isso porque vemos que os casos de violência em geral e especificamente os de homicídio, têm apresentado aumento exagerado e surpreendente tanto no Nordeste quanto em Alagoas. E é preciso investigar o que tem levado a isso. Será que a falta de educação, de gestão ou de ação política tem levado a esse caos?”, considerou Paulão.
O chefe do Ministério Público (MP/AL), Sérgio Jucá, disse que o órgão tem total interesse em enfrentar duramente os casos de insegurança no Estado. Durante a sessão pública, ele defendeu a união de todos os órgãos públicos para chegar a uma solução em favor do Estado de Alagoas e da população. Durante a sessão, o plenário do Legislativo ficou lotado de representantes de diversos segmentos da sociedade. O representante do Movimento LBGT, Igor Nascimento, aproveitou a oportunidade para denunciar que Alagoas é líder não apenas no registro de casos de violência contra mulheres e negros, mas também contra homossexuais. Segundo ele, somente em 2013 foram registrados 13 casos, levando o Estado à liderança nesse aspecto.
O presidente da comissão especial para acompanhamento do Programa Brasil Mais Seguro, junto à Assembleia Legislativa, deputado Ronaldo Medeiros (PT), avalia que os índices de homicídio em Alagoas representam uma pandemia. Ele tem criticado a forma como o programa tem sido conduzido no Estado e a gestão da segurança pública local. Como exemplo, ele citou a falta de uniformização das informações da área. “Recentemente, o Conselho Estadual de Segurança foi informado que 400 processos estavam parados na delegacia de Marechal Deodoro, ou seja, não se sabe do andamento desses processos, porque falta controle da gestão da segurança pública de Alagoas”, cita Medeiros.
Os secretários de Defesa Social e o da Promoção da Paz, respectivamente Dario César e Jardel Aderico, bem como o comandante da Polícia Militar, Dimas Cavalcante Barros, foram convidados mas não compareceram ao evento no plenário da Assembleia Legislativa.
