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Cultura

Aldeia multiétnica leva diversidade cultural ao interior goiano

Área recebeu uma oca típica dos krahô, do Tocantins

Ponto alto do Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, a Aldeia Multiétnica reuniu, na última semana, na Vila de São Jorge, mais de 200 índios de pelo menos dez etnias. A área ocupada pela aldeia desde a edição de 2011, próxima ao Rio São Miguel, recebeu uma oca típica dos krahô, do Tocantins. Neste ano, mais duas casas típicas compuseram o espaço, uma xinguana, usada pelos povos do Xingu, e uma kaiapó. Há ainda uma casa alunga, típica dos quilombolas de Goiás, e a Tribo Arco-Íris, um acampamento de não índios de origem urbana, que adotaram um estilo de vida mais próximo da natureza.

Os índios começaram a chegar à Aldeia Multiétnica há uma semana, mas a programação só teve início quarta-feira (24), com o ritual da Máscara do Tamanduá, dos kaiapó. Aberta ao público, a aldeia foi palco de numerosas apresentações dos índios. Rituais religiosos, festas, danças e lutas foram algumas delas.

O idealizador e coordenador-geral do Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada, Juliano George Bessa, explicou que a ideia é mostrar um pouco do Brasil indígena para o restante da sociedade. “Este Brasil ocupa 13% do nosso território, que são os 13% mais bem preservados quanto à diversidade ambiental e cultural. Dentro da aldeia, eles se encontram, e também a sociedade brasileira tem oportunidade de ver a beleza da cultura indígena, do modo de viver, das crianças, dos anciãos.” Bessa destacou que é possível acompanhar rituais que são passados de pai para filho há centenas de anos e “estão na memória mais antiga do que é o Brasil”.