O cinema brasileiro sempre deu maior destaque para as produções de São Paulo e do Rio de Janeiro. No entanto, isso não significa que outras regiões nunca conseguiram protagonismo no mundo audiovisual, e Alagoas é a maior prova disso. O estado costuma ser o cenário de algumas produções, inclusive de filmes que foram sucesso de bilheteria. Por exemplo, desde novembro de 2022, o cineasta Cacá Diegues começou a gravar um novo longa no estado, e a ideia é usar os alagoanos como plano de fundo para contar a história.
Estamos falando do filme “Deus ainda é Brasileiro”, produção que recebeu apoio oficial do Governo de Alagoas. Com gravações ainda no início, a expectativa é pela estreia apenas no final de 2023, ou até mesmo depois. É mais um filme de Diegues que promete mostrar um pouco mais da cultura local. Isso já foi feito em “Deus é Brasileiro”, de 2003, também gravado por aqui. Ou seja, é a região voltando a ser protagonista de um filme nacional, com grande potencial de sucesso.
O filme de 2003 foi considerado uma das melhores bilheterias de cinema nacional de todos os tempos. Afinal, foram mais de 1,6 milhão de espectadores acompanhando a produção diretamente das salas. A expectativa é que isso ocorra novamente com o filme que novamente mistura a cultura alagoana com outros aspectos culturais. Nascido em Maceió, Cacá Diegues é uma das maiores referências do cenário audiovisual brasileiro, justamente pela qualidade dos filmes. No entanto, o destaque aqui vai pela ideia de levar a indústria para o Nordeste, deixando de lado as produções do eixo Rio-São Paulo.
Uma notícia que chamou a atenção recentemente, e confirmada pelo diretor, foi a forte presença de profissionais do estado no novo filme. Mais de 70% das pessoas que trabalham nos bastidores são alagoanos. Ou seja, é uma valorização não apenas da cultura do estado, mas também do trabalho. Uma oportunidade para revelar novos destaques, e mostrar que o Nordeste tem muita tradição no audiovisual, inclusive para fazer filmes com chances de sucesso nos cinemas.
Mais cenários nas produções
Ter a região de Alagoas como cenário de filme é interessante, mas está longe de ser uma novidade. A cidade costuma ser usada em produções, inclusive em novelas da Rede Globo. Lançada neste ano, a produção “Mar do Sertão” foi gravada por aqui, com foco no Rio São Francisco. Ou seja, é uma tendência utilizar cidades históricas e importantes como cenário para diferentes produções do entretenimento.
Essa é uma ideia que pode ser expandida para outros cenários, como as plataformas de streaming. A Netflix, a HBO Max e Prime Vídeo possuem produções próprias, 100% nacionais, com o cenário sendo uma região icônica do Brasil. Isso cria um personagem para a história, além dos próprios protagonistas. A cidade acaba fazendo parte da produção, por isso Diegues escolheu gravar o novo filme aqui.
Até mesmo os jogos online se utilizam de regiões como tema. No mundo das apostas, por exemplo, os melhores slots online disponíveis na Betway Cassino costumam ter como temática algumas regiões específicas. Mask of Amun e Book of Fate usam o Egito como cenário, enquanto Vegas Cash é inspirado na cidade norte-americana de Las Vegas. A ideia é usar um pouco da cultura desses lugares para inspirar nos jogos, assim como acontece nos filmes e produções que citamos anteriormente.
Filmes nacionais
Nos últimos cinco anos, o cinema nacional sofreu com alguns números e tem buscado cada vez mais espaço ao lado de produções de Hollywood. A disputa não é justa, sobretudo pela diferença nos investimentos, mas isso não tira a qualidade dos filmes brasileiros. Iniciativas como a de Cacá Diegues são importantes para mostrar um pouco mais do nosso país, inclusive para nós.
O filme “Deus ainda é Brasileiro” vai demorar para chegar aos cinemas, mas é uma novidade que vai deixar os alagoanos animados. É um filme que vai usar novamente o estado como cenário, e isso valoriza a cultura local de uma maneira dinâmica e eficiente. A certeza é que muitos de nós estaremos nos cinemas durante a estreia, mesmo que seja apenas em 2024. O importante é valorizar o protagonismo do estado na produção de Diegues.