O 1º Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais mostra que, em 2009, 86% dos municípios alagoanos possuíam ao menos uma biblioteca aberta, o que corresponde a 91 bibliotecas em 88 municípios. Em 8% dos casos as BPMs ainda estão em fase de implantação e 6% estão fechadas, extintas ou nunca existiram. Considerando apenas aquelas que estão em funcionamento, são 2,88 bibliotecas por 100 mil habitantes.
O levantamento aponta que as BPMs emprestam 69,2 livros por mês e concentram acervo entre 2 mil e 5 mil volumes (48%). Menos de metade possui computador com acesso à internet (30%) e somente 21% oferecem este serviço para o público. Os usuários frequentam o local 3,4 vezes por semana e utilizam o equipamento preferencialmente para pesquisas escolares (75%).
Quase todas funcionam de dia, de segunda à sexta (99%), algumas aos sábados (9%), poucas aos domingos (3%). No período noturno, somente 37% estão abertas aos usuários. A maioria dos dirigentes das BPMs são mulheres (74%) e grande parte tem nível superior (49%).
Foram pesquisados todos os 5.565 municípios brasileiros. Em 4.905 municípios foram realizadas visitas in loco para a investigação sobre a existência e condições de funcionamento de BPMs, no período de setembro a novembro de 2009. Os 660 municípios restantes – identificados sem bibliotecas entre 2007 e 2008 pelo Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas e atendidos pelo Programa Mais Cultura com a instalação de BPMs – foram pesquisados por contato telefônico, até janeiro deste ano.
O Censo Nacional tem por objetivo subsidiar o aperfeiçoamento de políticas públicas em todas as esferas de governo – federal, estadual e municipal – voltadas à melhoria e valorização das bibliotecas públicas brasileiras. Segundo o levantamento, em 420 municípios as BPMs foram extintas, fechadas ou nunca existiram. Deste total, seis estavam no estado. O MinC – por meio da Fundação Biblioteca Nacional, com recursos do Programa Mais Cultura – em parceira com as prefeituras municipais, promoverá a implantação ou reinstalação dessas bibliotecas, com a distribuição de kits com acervo de dois mil livros, mobiliário e equipamentos, no valor de R$ 50 mil/cada, totalizando R$ 300 mil. As BPMs receberão, ainda, Telecentros Comunitários do Ministério das Comunicações.
Seis cidades receberão bibliotecas no estado
Em Alagoas, seis municípios receberão kits de implantação de biblioteca. A região tem 161 municípios sem bibliotecas – maior índice nacional. Segundo a pesquisa, 86% dos municípios sem bibliotecas – maior índice nacional. Segundo a pesquisa, 86% dos municípios alagoanos possuem o equipamento. As cidades que não receberão kits já estão reabrindo ou implantando suas bibliotecas.
A região tem uma média de 2,23 bibliotecas por 100 mil habitantes. Em Alagoas são 2,88. A cidade alagoana com maior índice é Arapiraca (0,47). O pior índice do estado é em Maceió (0,32).
Alagoanos vão mais às bibliotecas para pesquisas escolares
Os alagoanos vão mais às BPMs para pesquisas escolares (75%) que a média nacional (65%). Apenas 1% vai ao local para o lazer, abaixo do índice brasileiro (8%).
Os assuntos mais pesquisados nas bibliotecas do estado são Geografia e História (92%); Literatura (73%); e obras gerais – enciclopédias e dicionários – (63%). A resposta a esta questão era de múltipla escolha e, portanto, a soma é superior a 100%.
Frequência dos usuários a biblioteca é maior que a média nacional
Segundo o levantamento, a média de visita às BPMs é de 3,4 vezes por semana, acima do índice nacional (1,9/semana).
AL concentra acervos entre 2 mil e 5 mil volumes
A maior parte das bibliotecas de Alagoas têm acervo de 2 mil a 5 mil volumes (48%). Nas demais faixas: com menos de 2 mil volumes (33%), entre 5 mil e 10 mil (14%) e acima de 10 mil (4%). Na média brasileira, as bibliotecas têm acervo entre 2 mil e 5 mil (35%).
Empréstimos de livros são abaixo da média nacional
O estado de Alagoas tem uma média de empréstimos de livros (69,2/mês) abaixo dos índices regional (118/mês) e nacional (296/mês).
Mais BPMs oferecem serviço para pessoas com deficiência que a média nacional
Em Alagoas, 24% das BPMs oferecem serviços para deficientes visuais (audiolivros, livros em Braille, etc), índice bem superior ao nacional (9%) e o 2º do país, atrás do Paraná (26%). No caso dos serviços especializados para surdo-mudos, deficientes mentais ou físicos, o índice cai para 9%. A média nacional é de 6%.
BPMs que funcionam à noite são mais que a média nacional
À noite, 37% das bibliotecas alagoanas estão abertas, mais que a média nacional (24%). Segundo a pesquisa, a grande maioria dos estabelecimentos funciona de dia, de segunda à sexta (99%). O índice é igual ao nacional. A pesquisa mostrou também que 9% abrem aos sábados – menos que média brasileira (12%) – e 3% aos domingos (o triplo da nacional).
Apenas 30% dos estabelecimentos têm internet
Alagoas tem menos bibliotecas com internet (30%) que a média nacional (45%). Em apenas 21% das BPMs os usuários têm acesso à rede, número inferior ao brasileiro (29%).
Bibliotecas de AL têm mais funcionários
As BPMs alagoanas têm mais funcionários (4,9) que a média brasileira (4,2). O levantamento mostra que 74% dos dirigentes das bibliotecas são mulheres e praticamente a metade tem nível superior (49%). No Brasil, são 84% mulheres e 57% com nível superior.