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Alagoas

Alagoas reduziu mortalidade materna em 2009

A superintendente de Vigilância em Saúde do Estado, Sandra Canuto, afirmou nesta terça-feira (11) que a mortalidade materna em Alagoas tem apresentado uma tendência de queda. Em 2008, a razão de mortalidade materna foi de 44,66 mortes a cada 100 mil nascidos vivos. Já em 2009, caiu para 18,69 óbitos, representando uma redução de 58,15% entre os dois períodos. Porém, ela ressalta que devido à estruturação do sistema de informação, pode ainda haver alteração dos dados.

Segundo Sandra Canuto, a queda da mortalidade materna a partir de 2008 deve-se às ações estratégicas implantadas pelo Estado em parceria com os municípios, como capacitação das equipes do Programa Saúde da Família (PSF), mobilização e sensibilização dos gestores e profissionais de saúde, bem como o incentivo que o Estado repassa a 100 municípios para estruturação da atenção básica com recursos do Prosaúde.

Na área hospitalar, por meio do Promater, o governo repassa recursos para investir na estruturação de 17 maternidades no Estado, sendo cinco na capital, com tudo sendo monitorado através do sistema online, onde as maternidades são obrigadas a dar informação mensalmente, sob pena de não receber recursos caso não alimentem o sistema. Além disso, 52 maternidades em todo o Estado receberam kits de reanimação neonatal.

Com o Provida, Alagoas garante o transporte adequado e seguro a gestantes e crianças, através do Samu e Ambulância Cidadã adquirida com recursos do Estado. No pré-natal, toda gestante com risco de desnutrição recebe uma cesta nutricional. “Diante de todas essas ações, a expectativa é de que haja uma redução acentuada, tanto dos óbitos maternos, quanto dos infantis”, enfatizou.

Relatório – Sandra Canuto explicou que o relatório divulgado pelo Ministério da Saúde (MS), onde aponta um crescimento da taxa de mortalidade materna em Alagoas, juntamente com outros estados do Nordeste, como Maranhão, Piauí, Pernambuco, Paraíba e Bahia, refere-se ao período de 2000 a 2007. “Agora a tendência é de queda, tendo em vista os investimentos com recursos próprios do Estado na estruturação da atenção básica, assistência hospitalar e pré-hospitalar, bem como na melhoria do sistema de informações”, justificou.

A superintendente avalia que o resultado do relatório espelha também uma dificuldade que ainda existe na alimentação dos sistemas de informação por parte da maioria dos municípios. “O Ministério preconiza que o sistema apresente pelo menos 80% dos óbitos e 90% dos nascidos vivos de cada município. No entanto, a maioria dos municípios de Alagoas está abaixo do preconizado”, admite.

Para mudar esse quadro, a partir de 2007, a Sesau junto com o MS supervisionou os 102 municípios, onde encontraram muitos óbitos e nascidos vivos que não estavam no sistema de informação. “Com o resgate desses dados, o índice tende a ser alterado para maior ou menor. Para isso, tem-se unido esforços do Estado e municípios no sentido de aumentar a fidedignidade das informações”, destacou.