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Alagoas

Alagoas reduz dos casos de dengue em relação a 2010

Dados do último boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) revelam que nos três primeiros meses deste ano, Alagoas notificou 2.449 casos de dengue contra 6.086 registrados no mesmo período do ano anterior. Na prática, a redução nos números de casos notificados da doença equivale a praticamente 50%, mas segundo a Sesau, municípios e população devem continuar intensificando a vigilância para frear à dengue. “Não podemos descuidar da dengue. As ações serão mantidas com reforço do Estado”, alerta o secretário da Saúde, Alexandre Toledo.

Para os técnicos da Sesau, os números ainda deixam Alagoas em alerta quanto a uma possível epidemia de Dengue. No entanto, segundo a diretora de Vigilância Epidemiológica da Sesau, Cleide Moreira, eles comprovam que as forças-tarefas realizadas desde o início do ano, nos municípios prioritários, têm surtido efeito positivo.

Cleide Moreira afirma que ações de prevenção contínuas são importantes para evitar o desencadeamento de formas graves da doença, a exemplo da hemorrágica, além de estar em alerta para a detecção do surgimento do vírus tipo 4. “Todas as ações estão sendo desenvolvidas de forma integrada, reunindo técnicos estaduais e municipais, priorizando desde a prevenção até a assistência às vítimas”, ressaltou.

Ela informa, ainda, que nas últimas quatro semanas os números de casos notificados de Dengue têm reduzido ou estabilizado. “Essa redução é fruto das ações de busca ativa pelos focos do mosquito na zona urbana e nos sítios dos municípios epidêmicos, por apresentarem alta incidência do Aedes Aegypti. Além da eliminação dos focos, tratamento químico com o inseticida e limpeza dos quintais e terrenos baldios, realizamos palestras em escolas, entregamos folders educativos e afixamos placas proibindo a população de depositar lixo em terrenos baldios”, descreveu Cleide Moreira.

Recomendações – Ela recomendou que, para evitar a proliferação do Aedes Aegypti, mosquito causador da doença, é necessário manter bem tampados os recipientes de água. Mas, além disso, é imprescindível remover folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas, fechar bem o saco de lixo, deixando-o fora do alcance de animais, e não permitir que se acumule água sobre a laje.

“Apesar de muitas pessoas não seguirem essas recomendações, alertamos que é necessário trocar a água dos vasos de plantas aquáticas, enchendo-os de areia. Também é necessário lavar com escova e sabão os tanques utilizados para armazenar água e virar todas as garrafas com a boca para baixo, evitando que acumulem água dentro”, frisou a diretora, ao informar que os municípios Belém, Estrela, Palmeira dos Índios, Colônia de Leopoldina e Marechal Deodoro se encontram em epidemia.