Artistas, produtores e gestores podem participar do encontro cultural de Alagoas
A participação do povo é fundamental numa democracia. É com base nesta afirmação que a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) realiza, nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro, a II Conferência Estadual de Cultura. A conferência é um fórum participativo que vai reunir, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Jaraguá, artistas, produtores, gestores, patrocinadores e demais interessados em discutir a política cultural do Estado.
Durante todo o ano foram realizadas oito etapas preparatórias em diferentes partes de Alagoas. As chamadas conferências intermunicipais e municipais elegeram mais de 60 delegados. Estes são os representantes regionais com direito à voz e voto na II Conferência Estadual de Cultura. No entanto, todos podem participar e contribuir.
“Nesta etapa estadual serão eleitos os delegados para a Conferência Nacional que será realizada no próximo ano. Por isso é importante a participação de todos: poder público e sociedade civil. A participação ativa pode contribuir para melhorar os índices de exclusão cultural de Alagoas”, afirmou o secretário da Cultura, Osvaldo Viégas.
Cultura, diversidade, cidadania e desenvolvimento serão os temas debatidos na conferência estadual. Nesse contexto, serão definidos parâmetros para a implementação do Plano Estadual de Cultura e propostas estratégicas para universalizar o acesso dos alagoanos aos bens e serviços culturais.
Estratégias regionais — Entre as estratégias já eleitas nas conferências intermunicipais estão a criação de lei municipal de incentivo à cultura, criação de fórum permanente de debate e criação de centros culturais nas cidades. Além disso, os municípios também sugeriram o mapeamento patrimonial de cada cidade, objetivando o desenvolvimento do turismo histórico-cultural.
Na conferência municipal de Arapiraca, realizada em outubro, Albério Carvalho, que faz parte da Organização Não Governamental (ONG) Candeeiro Aceso, considerou as conferências de cultura um momento importante. “É o primeiro passo para a construção de uma política pública. É a população que sabe das suas necessidades e é justo que ela tenha espaço para apontar os rumos para a cultura no âmbito do município, Estado e país”, avaliou.
Além de Arapiraca, Maceió também sediou conferência municipal. Já as cidades de Viçosa, Penedo, Ibateguara e Novo Lino, Maragogi e Palmeira dos Índios sediaram conferências intermunicipais. Ao todo mais de 800 alagoanos estiveram reunidos nesses encontros.
