Profissionais da saúde são capacitados pela Escola Técnica
A Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), por meio da Escola Técnica de Saúde Professora Valéria Hora (Etsal), proporciona cursos de profissionalização e capacitação para servidores da saúde. Desde sua inauguração, a escola busca formar profissionais que se identifiquem e se adequem às necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS).
A Etsal tem sua história iniciada em 1953, quando foi criada a Escola de Auxiliar de Enfermagem, que tinha como objetivo capacitar membros da comunidades que tivessem interesse de atuar na área. Anos depois, em 1988, surgiu o Centro Formador Elementar para Serviços Básicos de Saúde, que tinha o interesse de não só capacitar membros da comunidade, mas também profissionais atuantes do SUS que não fossem especializados na área.
“Os profissionais da época eram pessoas qualificadas já diretamente no serviço, sem que houvesse uma preocupação em habilitá-las para uma função ampla. Com o Centro Formador, essa situação começou a mudar”, disse o diretor-geral da Escola, Adailton Isnal.
Segundo Isnal, a Etsal só veio a ser criada em 2004, quando membros do Conselho de Educação da Uncisal decidiram unificar as duas instituições de profissionalização. “A essência dessa nova escola é a mobilização de capacidades técnicas, de todos os níveis, para resolver problemas que são comuns no Sistema de Saúde”, disse. “Além de fortalecer o ensino técnico em saúde como um todo, a escola é um instrumento de produção de conhecimento”, completou.
De acordo com o diretor, hoje a Etsal proporciona cursos em todos os 102 municípios alagoanos. “Em parceria com as prefeituras, o Governo de Alagoas vem proporcionando mais oportunidades tanto aos profissionais quanto à população como um todo”, destacou Adailton Isnal.
Para Adailton, o papel das prefeituras no processo de profissionalização é fundamental, pois são elas quem dão a demanda de cursos e alunos de acordo com a necessidade local. “Hoje não existe um cardápio de cursos; as Secretarias Municipais de Saúde nos informam qual a carência do município e o Governo do Estado aplica o projeto”, explicou.
Quanto ao mercado de trabalho, Adailton Isnal conta que o número de profissionais sem qualificação que atuam na área da saúde está cada vez menor, mas segundo ele, isso não significa o fim das atividades da escola. “O processo não termina quando o servidor está profissionalizado. Surgem novas demandas para ele e a partir daí novos cursos de capacitações são criados”, disse. “É um processo de continuidade”, completou.
A escola já profissionalizou quase 12 mil técnicos da saúde. Dentre eles 5 mil auxiliares de enfermagem, 5 mil agentes comunitários e 1,5 mil técnicos em higiene dental.
Atualmente, estão em andamento 11 turmas de cuidadores de idosos e duas turmas de análise clínica. E já estão previstas dez novas turmas de agentes comunitários e 96 turmas de complementação técnica em enfermagem. “Não existe outro Estado que disponibilize tantas capacitações. Alagoas é destaque na profissionalização da saúde”, enfatizou o diretor.