Ser o melhor atleta de uma modalidade, participar de grandes conquistas com sua equipe ou mesmo quebrar paradigmas e ser referência para outras pessoas em um determinado esporte. De Alagoas para o mundo, cinco grandes momentos que transformaram a história de competidores e times do estado do Nordeste brasileiro.
Marta se torna goleadora máxima dos Mundiais
Nascida no município de Dois Riachos, a 245 quilômetros de distância da capital do Estado, Maceió, Marta Vieira da Silva não é somente a maior atleta da história do Brasil no futebol feminino, mas do mundo. Tal honraria é justificada pelos incontáveis títulos coletivos e prêmios individuais ao longo de uma carreira que já dura 22 anos.
Eleita seis vezes a melhor jogadora do planeta pela Fifa (só ficando atrás das sete bolas de ouro de Lionel Messi), ela é a única pessoa a marcar gols em cinco Olimpíadas seguidas. Mas um dos seus maiores feitos aconteceu em 2019, quando anotou seu 17º tento em Copas do Mundo, se tornando a maior artilheira da história dos Mundiais, entre homens e mulheres. Ela também é quem mais balançou as redes pelas Seleção Brasileira: 118, deixando Pelé com 95.
ASA de Arapiraca surpreende o Palmeiras
Uma das maiores zebras da história do futebol brasileiro aconteceu em 20 de fevereiro de 2002. Naquele dia, o ainda pouco conhecido time da região metropolitana do agreste alagoano superou um dos maiores clubes do país, na casa do adversário. Apesar da derrota por 2 a 1, o alvinegro eliminou o Palmeiras na primeira fase da Copa do Brasil por ter vencido a partida de ida, em Arapiraca, por 1 a 0, fazendo valer o critério do gol marcado fora.
Em 70 anos de história, o ASA foi sete vezes campeão estadual, tricampeão da Copa Alagoas, vencedor da Copa Alagipe 2005 (entre times de Alagoas e Sergipe), disputou uma vez a Série A do Campeonato Brasileiro (1979), sete vezes a Série B (a última delas em 2013) e foi vice-campeão da Série C em 2009 e da Copa do Nordeste em 2013, mas sua maior façanha, sem dúvidas, foi surpreender o gigante alviverde.
Rogério Siqueira é bicampeão mundial de poker
Bicampeão mundial e heptacampeão brasileiro nas mesas de poker, o empresário Rogério Siqueira também é um apaixonado por futebol e se tornou recentemente presidente-executivo do time do seu coração e da sua cidade natal, o próprio ASA de Arapiraca, do qual já vinha participando há algum tempo da diretoria.
Apesar do enorme sucesso no esporte da mente, o acúmulo de funções o fez anunciar a aposentadoria do carteado em 2019, mas ele voltou atrás em 2021. Afinal, a sede por títulos o tornou um dos principais nomes do país na modalidade e uma referência para que novas pessoas aprendam a jogar poker ou continuem acreditando no sonho de se tornarem atletas profissionais.
O ouro olímpico de Maurício Borges com o vôlei no Rio
Natural de Maceió, o ponteiro da Seleção Brasileira foi um dos destaques de uma geração que venceu quase todas as grandes competições da modalidade. Medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara-2011 e prata em Toronto-2015, Maurício também participou do terceiro título do Brasil na Copa do Mundo, em 2019, e do vice no Campeonato Mundial em 2014.
Mas foi em solo brasileiro que viveu o grande momento da sua carreira ao ajudar o time nacional a conquistar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, a terceira do país na história do mais importante evento esportivo do mundo, repetindo Barcelona-1992 e Atenas-2004.
Duda Arakaki lidera o Brasil em campanha histórica
Também nascida na capital alagoana, Maria Eduarda Arakaki é a atual capitã da Seleção Brasileira de ginástica rítmica. Aos 19 anos, ela já acumula cinco medalhas de ouro e uma de prata em duas edições do Campeonato Pan-Americano da modalidade, disputadas no Rio de Janeiro em 2021 e 2022.
Mais do que isso, Duda compôs a equipe que obteve o melhor desempenho do Brasil em Mundiais, com o quarto lugar nos cinco arcos e a quinta colocação no conjunto geral na competição disputada em Sófia, Bulgária, em 2022. Antes, o melhor resultado do país no evento havia sido a sétima posição nas cinco bolas, em Kitakyushu, Japão, em 2021.