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Alagoas

AL intensifica ações de combate à violência contra crianças

Iniciativas intensificam a proteção infantojuvenil, articulando políticas públicas para garantir os direitos - Foto: Assessoria

O estado de Alagoas é um dos poucos do Brasil que contam com uma secretaria dedicada exclusivamente a cuidar da política de crianças e adolescentes. Criada em 2023, pelo governador Paulo Dantas, a Secretaria de Estado da Cidadania e da Pessoa com Deficiência (Secdef) vem intensificando, que nos últimos dois anos, a luta contra a violência infantojuvenil, com um foco especial no combate ao abuso sexual.

No organograma da Secdef, a Superintendência de Promoção, Fortalecimento e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente se destaca como um pilar na proteção da infância e da adolescência, articulando políticas públicas cruciais para garantir os direitos dos jovens.

A superintendência se divide em duas gerências, cada uma com um papel essencial. A Gerência de Promoção e Fortalecimento dos Direitos da Criança e do Adolescente atua em conjunto com os municípios para fortalecer os direitos dos jovens em todo o estado. Já a Gerência de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente abriga o Centro de Referência em Atenção a Crianças e Adolescentes (Crad), um espaço de acolhimento para vítimas ou testemunhas de violência, e o Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM), uma política pública que visa proteger crianças e adolescentes que foram ameaçados de morte.

“O Crad oferece atendimento jurídico, social e psicológico, representando um marco na política de proteção à infância e à adolescência em Alagoas, refletindo o empenho do Governo de Alagoas em oferecer suporte completo e humanizado às crianças e jovens em situação de vulnerabilidade”, explica a secretária de Estado da Cidadania e da Pessoa com Deficiência, Arabella Mendonça.

Ambiente seguro

O trauma silencia a voz dessas crianças e adolescentes. Mas, em um gesto singelo, com papel e lápis em mãos, eles encontram um caminho para expressar o acolhimento que nutre suas esperanças durante o acompanhamento atencioso que recebem.

“Eu cheguei no Crad como uma semente que precisava ser plantada, e de luz e água para se tornar uma árvore. Com a ajuda, a semente foi regada e, aos poucos, foi desabrochando, assim como eu. Mas esse foi um processo longo e demorado; às vezes, a semente, mesmo com a ajuda do sol e da água, não conseguia seguir em frente, então ela precisava buscar força em si mesma. Aí foi um processo longo, mas a semente irá se tornar uma árvore e dará frutos logo, só precisa ter paciência e bastante esforço”, compartilha J.A.S., 12 anos, um dos adolescentes acolhidos pelo Crad.

Agência Alagoas