Pioneiro em assistência e atenção nutricional para gestantes, o Estado de Alagoas se destaca com o projeto Alimentação Complementar de Gestantes em Situação de Vulnerabilidade Social e Insegurança Alimentar. A ação faz parte do programa Viva Vida, desenvolvido pelo Governo, com a finalidade de reduzir a mortalidade infantil.
O projeto, desenvolvido em parceria pelas Secretarias de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social (Seads) e da Saúde (Sesau), tem como objetivo principal reduzir a prevalência de desnutrição no período gestacional. Por meio de complementação alimentar, através da doação de cestas nutricionais de alimentos não perecíveis, o Governo presta assistência às gestantes em situação de vulnerabilidade social – mulheres chefes de família, com mais de três filhos, desnutridas ou sem acesso à qualidade nutricional.
Segundo a diretora de Segurança Alimentar e Nutricional da Seades, Ana Paula Quintella, o projeto já soma 160 mil cestas nutricionais distribuídas para as mais de 40 mil gestantes atendidas desde 2009. “O resultado vem sendo bastante positivo. Por isso, já vem sendo referência no resto do Brasil”, disse.
O diagnóstico das gestantes, para saber se elas estão em situação de vulnerabilidade social, é feito a partir da primeira consulta do pré-natal nos postos de saúde dos municípios. Caso seja comprovada a desnutrição ou vulnerabilidade, a grávida é encaminhada ao Centro de Referência e Assistência Social (Cras), onde passa por uma triagem e é cadastrada para receber as doações mensais. “As cestas são consideradas uma complementação da alimentação mensal da gestante e da sua família”, garantiu Ana Paula Quintella.
De acordo com a diretora, o projeto abrange os 102 municípios, que em parceria com o Estado, assegura a distribuição das cestas. Elas são compostas por 14 itens, incluindo biscoitos doces, feijão e leite. “É suficiente para suprir as necessidades da gestante, tanto em quantidade de alimentos, quanto em nutrientes”, disse. “São produtos que contribuem para que os bebês não nasçam propensos à desnutrição”, explicou a diretora.
Para Maria José Ferreira, gestante e moradora de Passo do Camaragibe, a cesta nutricional assegurou a ela uma gravidez tranquila. Ela conta que recebeu assistência do projeto desde o início de sua gestação. “Eu já perdi três filhos por não ter tido acompanhamento médico. Agora é diferente. Fiz o pré-natal no posto de saúde e recebi todos os meses a cesta nutricional”, disse. “Hoje eu posso comer e garantir que meu filho nasça sem problemas”, completou a gestante.