Com o objetivo de garantir total monitoramento da rede hidrometeorológica da bacia hidrográfica do Rio Mundaú, representantes da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) se reuniram, nesta quinta-feira (10), com representantes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), da Defesa Civil Estadual, do Governo de Pernambuco, da Embaixada Britânica e do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) para firmar parceria.
Será criado um projeto-piloto que contemplará os monitoramentos meteorológico, ligado ao tempo e clima, e hidrológico, ligado à análise de encostas, nível das águas e margens de rios. A participação do Laboratório de Meteorologia de Pernambuco (Lamepe) é essencial pelo fato do Rio Mundaú ser interestadual, saindo dos limites pernambucanos e chegando até Alagoas.
A Ufal, por sua vez, continuará cedendo informações do radar meteorológico localizado no Campus Aristóteles Calazans Simões, em Maceió. Em contrapartida, a Defesa Civil Estadual, ao receber os dados, acionará as Coordenadorias Municipais de Defesa Civil (Comdecs) frente a qualquer anormalidade. O sistema alagoano de monitoramento hidrometeorológico já funciona de forma similar a esse modelo.
As principais novidades serão o estreitamento das relações com os técnicos de Pernambuco e a participação do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ligado ao MCT. Em parceria com a Embaixada Britânica, o órgão federal destinará verbas ao projeto e cuidará, principalmente, da análise hidrológica de toda região do Rio Mundaú.
O projeto-piloto será apresentado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, em Brasília, ainda em fevereiro, para que, no mês de março, os governadores Teotonio Vilela Filho e Eduardo Campos recebam o ministro Aloízio Mercadante para firmar a parceria. Segundo o ministro, o governo federal não medirá esforços para estruturar as ferramentas de prevenção contra desastres naturais.