Há três anos o governo federal, por meio do Ministério da Cultura, vem realizando a Feira Música Brasil (FMB) com o objetivo de desenvolver a música no país como negócio e não só como manifestação artística. E assim foi nas duas edições anteriores ocorridas em Recife (PE) e nesta edição realizada em Belo Horizonte (MG), e mais uma vez Alagoas se fez presente.
Diversos segmentos que trabalham com música no Estado foram representados nesta FMB, tais como archetiers (produtor de arcos para violinos); luthiers (instrumentos musicais produzidos artesanalmente; web designers; produtores; projetistas de iluminação e músicos. A caravana de Alagoas participou da feira graças a uma parceria entre Funarte, Secretaria de Estado da Cultura, Sebrae-AL e a Cooperativa da Música de Alagoas (Comusa).
Alagoas teve o seu estande como o mais visitado e mais bem representado dentre os participantes. No espaço podiam ser encontrados instrumentos musicais, CDs, DVDs, e uma mostra de trabalhos de web designers. Artistas como Lenine, B Negão e Sandra de Sá passaram pelo estande e elogiaram bastante a iniciativa do Estado.
A FMB foi realizada em vários pontos da cidade de Belo Horizonte, mas a sede da Funarte, localizada no bairro de Floresta, foi o centro de tudo, onde aconteceram os shows de grande porte, a rodada de negócios, as palestras, o espaço Estúdio Petrobras, e a feira propriamente dita, que este ano deixou a desejar pelo pífio número de estandes e, consequentemente, de negócios, já que não haviam estandes especializados em instrumentos, livros e demais serviços.
Foram diversos shows nos cinco dias do evento, onde se destacaram Gilberto Gil; o show de Andreas Kisser (da banda Sepultura) com convidados como Lenine, Henrique Portugal, do Skank, Flávio Venturini, entre outros; Otho e convidados, e Rita Ribeiro, todos no palco principal que atraiu um público médio de 30 mil pessoas.
Outro palco localizado na Funarte, que sediou a FMB, foi o Estúdio Petrobras, onde existia uma banda-base com guitarrista, baixista, tecladista e baterista e onde cada pessoa ou banda se inscrevia e poderia subir ao palco para cantar uma música, que era gravada, juntamente com o vídeo para posterior disponibilização no site da empresa.
Este espaço tornou-se o mais frequentado da FMB, pela democratização do palco. Lá, aconteceram em média 30 apresentações, durante 10 horas por dia.
“Todo esse material gravado estará à disposição no site da Petrobras 15 dias após o término da feira”, explicou Liss Vedoato, uma das produtoras do Estúdio Petrobras..
De Alagoas, se apresentaram no palco o cantor e guitarrista Fred Melo, e um grupo formado por Fred, Naldinho, Gustavo Cabús (da Banda Sifrão) e Kéu (da Orquestra de Tambores).
Para o músico Naldinho, o saldo foi bastante positivo. “A realização da oficina de preparação para FMB/10 contribuiu com a postura profissional dos participantes de Alagoas. Percebi a mobilização de Alagoas para o evento, confirmando o caminho sustentável que estamos trilhando, agregando diferentes agentes, que demonstraram seriedade na feira, procurando interagir com artistas, empresas e produtores de outras localidades, na tentativa de fazer escoar a produção musical de Alagoas”, explicou o músico.
Outro participante da feira foi o músico Fred Melo, da banda Fator 4. “Para nós da família Fator 4, o resultado foi bem mais do que o esperado, pois a Feira Música Brasil ofereceu ambiente singular e muito rico para o músico empreendedor negociar seu talento em seu espaço para encontro de negócios, onde os músicos tiveram a oportunidade de sentar frente a frente com grandes empresas e poder negociar de uma forma direta e aberta com todos eles. A Feira Musica Brasil é para o músico uma porta aberta para o mercado nacional e internacional, sem sombra de dúvidas.
Gostaria de agradecer à Funarte, ao Governo do Estado de Alagoas e ao Sebrae-AL pela oportunidade oferecida, pois o apoio deles foi fundamental para a nossa participação da Feira”, disse.