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Alagoas

Alagoas discute políticas de inclusão social negra

Com o objetivo de discutir a temática da identidade racial e a luta contra o racismo, o Projeto “Projeto Raízes de Áfricas” realizou nesta terça-feira, 24, a abertura oficial do “I Ciclo Nacional de Conversas Negras: Agosto Negro ou o que a História Oficial Ainda Não Conta”.

O ciclo foi aberto na manhã desta terça-feira, no auditório da Casa da Indústria, contando com a presença dos secretários Paulo Rubim (Defesa Social) e Marluce Caldas (Mulher, Cidadania e Direitos Humanos), e da coordenadora geral de Diversidade do Ministério da Educação, Leonor Franco Araújo, dentre outros representantes de órgãos governamentais e do movimento negro de vários estados.

O secretário Paulo Rubim elogiou o trabalho realizado pelas entidades e movimentos que atuam no combate ao preconceito social e racial, afirmando que “é preciso antes de tudo criar e desenvolver na sociedade uma cultura contra qualquer tipo de discriminação”. Rubim destacou ainda que os órgãos ligados à área de segurança pública continuam sendo parceiros na luta em defesa dos direitos da cidadania.

Para a secretária da Marluce Caldas, a discussão da questão racial passa também pelo resgate da história da África. “Só iremos resgatar a história da identidade negra se tivermos a sensibilidade da importância desse trabalho”, afirmou.

“A partir deste encontro, serão gerados frutos que terão como objetivo fortalecer e multiplicar o movimento no combate ao racismo. Temos que preservar e manter viva a história, a cultura e os valores sociais da identidade racial. A Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos estará sempre de portas abertas”, declarou a secretária.

Na ocasião, a secretária garantiu a reconstrução de casas localizadas nas comunidades quilombolas que foram destruídas pela última enchente.
“Acredito muito no processo de mudanças, porque as coisas só acontecem quando cada pessoa assume a capacidade de mudar; e esse evento tem o compromisso de combater o racismo e qualquer tipo de intolerância”, ressaltou a coordenadora do Projeto Raízes de África, Arísia Barros.

Segundo ela, a Carta de Maceió intitulada “Conversa Negras de 2011 a 2014” será entregue aos candidatos à presidência da República até a eleição de outubro. “Queremos mostrar presidenciáveis que Alagoas tem propostas para a promoção da igualdade racial que precisam ser implementadas pelo poder público”, concluiu.

Na programação desta quarta-feira, o ciclo nacional promove palestras e debates sobre temas como políticas afirmativas de habitação para as comunidades quilombolas, análise sobre personagens negros em livros para crianças e adolescentes e o enfrentamento do racismo institucional, dentre outros.