Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, 47 anos
O Ministério Público Federal denunciou formalmente nesta segunda-feira, 23, mais três supostos envolvidos no esquema de corrupção que se instalou na Petrobrás e ensejou o surgimento da Operação Lava Jato. Entre os agora acusados, está o alagoano Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, 47 anos, natural de Maceió.
Os outros dois denunciados são Nestor Cerveró e Oscar Algorta. Os três responderão por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. O alagoano é apontado pelo Ministério Público como operador financeiro do esquema que desviou bilhões de reais da Petrobrás.
De acordo com a denúncia, para o perfeito funcionamento do cartel de grandes empreiteiras que fraudaram licitações na Petrobras, foram subornados empregados do alto escalão, entre eles Nestor Cerveró, diretor Internacional da estatal entre 2003 e 2008, e foram utilizados operadores financeiros para lavagem de dinheiro como o alagoano Fernando Soares.
As diligências demonstraram que Fernando Soares era, na época, ligado à Diretoria Internacional da Petrobras, atuando em favor de Cerveró para intermediar o pagamento de propina e lavar os recursos adquiridos de forma ilícita.
Cerveró é acusado de utilizar o cargo de diretor na estatal para favorecer contratações de empreiteiras mediante o pagamento de propina e Oscar Algorta, segundo o MPF, lavou dinheiro ao adquirir com valores ilícitos uma cobertura de luxo no Rio de Janeiro, em nome da offshore uruguaia Jolmey, para ocultar a real propriedade atribuída a Cerveró.
