Com homens ou mulheres, o Brasil não vence a São Silvestre desde 2006, quando fez dobradinha com Franck Caldeira e Lucélia Peres. E quem faz mais feio é a modalidade masculina, que não emplacou ninguém entre os cinco primeiros nas duas últimas edições. E são cobrados pelas compatriotas.
“As mulheres estão mais fortes. O masculino precisa fazer a sua parte”, falou Marily dos Santos, terceira colocada em 2009 e presente em todos os pódios desde 2007.
Além dela, Maria Zeferina Baldaia e Cruz Nonata da Silva, em quarto e quinto lugares, respectivamente, completaram o pódio que tinha a queniana Pasali Kipkoech Chepkorir e a sérvia Olivera Jevtic na liderança.
Entre os homens, a situação fica mais constrangedora com as declarações de cansaço dos quenianos James Kipsang Kwambai, bicampeão (2008 e 2009), e Robert Cheruiyot, tricampeão (2002, 2004 e 2007) e terceiro lugar na quinta.
“Peço desculpas por não estar bem. Eu me desgastei muito na Maratona de Nova York [em novembro]. Mas a São Silvestre é boa para comemorar o Ano Novo”, disse Kwambai, dois segundos mais rápido do que em 2008. “Senti o desgaste”, admitiu Cheruyiot, 1min10s à frente do melhor brasileiro, Clodoaldo Gomes, oitavo colocado –Franck Caldeira, maior esperança do país, ficou em 23º.
E as quenianas também estão à vontade. Pasalia já havia vencido a Volta da Pampulha com direito à quebra do recorde da brasileira Lucélia Peres em 6 de dezembro. “Se tiver a oportunidade, nem volto para o Quênia. Estou gostando muito do Brasil”, afirmou Pasalia, que passou a virada de ano no hotel, com os demais companheiros do Quênia. Ontem, o grupo foi ao Centro Cultural Africano, na Barra Funda.